"Os negros são estúpidos e violentos", "Não tenho escolha": estas são algumas das frases que constam de um manifesto escrito por Dylann Roof, onde o homicida confesso explica o seu ódio pelos afroamericanos e a razão do ataque em Charleston
Tal como as autoridades já suspeitavam, o ataque à Igreja Emanuel Metodista Episcopal Africana de Charleston foi planeado há muito tempo. Semanas antes do tiroteio ocorrido na quarta-feira, Dylann Roof, o autor confesso do crime, tinha escrito um texto em que explica o seu ódio pelos afroamericanos e os motivos do ataque na cidade, revela o "Telegraph".
O manifesto foi publicado num site chamado "O último cidadão da Rodésia [atual Zimbabué]" - que em tempos teve um regime supremacista branco - onde surgem várias imagens do homicida, nomeadamente uma em que Roof está apontar um arma para a máquina fotográfica e outra a cuspir para a bandeira dos EUA.
O manifesto foi publicado num site chamado "O último cidadão da Rodésia [atual Zimbabué]" - que em tempos teve um regime supremacista branco - onde surgem várias imagens do homicida, nomeadamente uma em que Roof está apontar um arma para a máquina fotográfica e outra a cuspir para a bandeira dos EUA.
"Não tenho escolha. Não estou numa posição de entrar num gueto e lutar. Escolhi Charleston porque é a cidade mais histórica do meu Estado e já registou a maior taxa de negros no país", pode ler-se no manifesto.
"Os negros são estupidos e violentos. São racialmente conscientes quase desde o nascimento, os brancos normalmente não pensam sobre a questão racial. É por isso que se ofendem tão facilmente e pensam que estamos a ser racistas com eles. Porque razão as crianças são forçadas a frequentar uma escola com 90% de negros? Quem está a lutar pelos brancos que por circunstâncias económicas têm que viver entre os negros. Ninguém, mas alguém tem de fazê-lo. (...) Alguém tem que ser bravo e penso que tenho que ser eu", acrescenta.
"Os negros são estupidos e violentos. São racialmente conscientes quase desde o nascimento, os brancos normalmente não pensam sobre a questão racial. É por isso que se ofendem tão facilmente e pensam que estamos a ser racistas com eles. Porque razão as crianças são forçadas a frequentar uma escola com 90% de negros? Quem está a lutar pelos brancos que por circunstâncias económicas têm que viver entre os negros. Ninguém, mas alguém tem de fazê-lo. (...) Alguém tem que ser bravo e penso que tenho que ser eu", acrescenta.
O domínio na internet foi registado com o nome do próprio em fevereiro, o que leva a crer que o ataque estava ser preparado há vários meses, segundo o jornal britânico.
Num discurso de ódio e revolta, Dylann Roof admite ainda no manifesto odear a bandeira americana e explica porquê: "O patriotismo americano é uma piada. As pessoas fingem que tem algo para se orgulhar quando os brancos estão a ser assassinados diariamente nas ruas"
Num discurso de ódio e revolta, Dylann Roof admite ainda no manifesto odear a bandeira americana e explica porquê: "O patriotismo americano é uma piada. As pessoas fingem que tem algo para se orgulhar quando os brancos estão a ser assassinados diariamente nas ruas"
O autor confesso do crime enfrenta nove acusações de homicídio e outra de posse ilegal de arma, arriscando-se a ser punido com a pena de morte. Na quarta-feira à noite, o ataque à histórica Igreja Emanuel Metodista Episcopal Africana causou nove mortos: seis mulheres e três homens. Depois de assistir durante uma hora à leitura da Bíblia na igreja, Dylann Roof tirou uma arma do bolso disparando contra alguns dos presentes.
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