Balsemão desafia Rio a candidatar-se a Presidente
Fundador do PSD sublinha necessidade de reforma do regime.
Francisco Pinto Balsemão, militante número um do PSD e fundador do partido, foi peremptório na forma e no tom como decidiu assumir o seu desafio pessoal a Rui Rio para que se candidate a Presidente da República, ao intervir na apresentação do livro “Rui Rio – Raízes de Aço”, de Carlos Mota Cardoso, na Ordem dos Técnicos Oficias de Contas, em Lisboa.“De todas as candidaturas anunciadas, semi-anunciadas, verdadeiras, hipotéticas, etc., até agora conhecidas, a eventual candidatura de Rui Rio à Presidência da República é a que mais entusiasmo e confiança me inspira. A mim e creio que a alguns milhões de eleitores”, afirmou Pinto Balsemão, depois de considerar: “Por todas as razões de cidadania, de carreira, de provas dadas nas mais diversas circunstâncias, Rio tem o perfil adequado para exercer a Chefia do Estado, liderando a concretização do acordo de regime ou de governação nacional pelo qual ele, eu e muitos outros há tanto tempo nos batemos.”
Balsemão fez questão de afirmar que expressava a sua opinião e frisou que cabe a Rui Rio decidir e escolher o momento em que venha a anunciar uma decisão. Mas não deixou de lembrar ao antigo presidente da Câmara do Porto que “o cavalo do poder raramente passa mais de uma vez à porta de quem o pode montar”.
Lembrando que tem em comum con Rui Rio a preocupação de que haja “um acordo de governação nacional de médio e longo prazo, em nome do interesse nacional”, Balsemão fez questão de concretizar que tal acordo deve englobar “áreas essenciais como a educação, a segurança social, o quadro orçamental, a justiça” e ainda “a área mais essencial de todas: a reforma do sistema político sem a qual nada será possível”.
Para isso, o militante número um do PSD insistiu na defesa da de uma “revisão da Constituição, de modo a facilitar a revitalização de uma democracia debilitada”, bem como um “pacto ou acordo de regime” sob orientação do Presidente, que permita “a grande mudança de que Portugal tanto precisa”, a qual “pode pôr em causa o próprio sistema de governo semipresidencialista em que vivemos desde 1976”.
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