Obras de arte escondidas em casa da empregada
José Sócrates não se lembra de quem pagou as obras de arte.
José Sócrates não sabe explicar como é que as obras de arte que possuía – diversos quadros de autores como Eduardo Batarda, Almada Negreiros, António Ramalho, Silva Porto ou Júlio Pomar – foram parar a casa da empregada doméstica da sua mãe.
O facto foi usado por Rosário Teixeira para fundamentar o perigo de perturbação do inquérito – já que José Sócrates foi capaz de ocultar património para ludibriar a investigação –, mas o ex-primeiro-ministro diz que não sabe como tal aconteceu.
Nem tão-pouco se recorda de quem pagou os quadros. A acusação garante ter sido o seu amigo Carlos Santos Silva.
Os pormenores do interrogatório sobre o ‘desaparecimento’ dos quadros foram ontem tornados públicos pela revista ‘Sábado’, que dá ainda conta de que o ex-primeiro-ministro não se lembra de ter comprado um quadro de Júlio Pomar que estava na sua sala de jantar.
Esta não foi a única situação de ocultação de provas. Também o computador pessoal de José Sócrates terá sido retirado da casa um dia antes da detenção.
Foi levado para um apartamento no mesmo prédio, que se encontrava vazio. O ex-governante explicou mais tarde que foi a mãe quem pediu à empregada para levar o computador, mas garantiu que não pretendia esconder provas.
O aparelho foi entretanto apreendido e nele as autoridades encontraram um contrato fictício de arrendamento da casa de Paris, onde Sócrates morava.
A ocultação e perturbação da prova são o fundamento considerado mais grave e que determina a prisão preventiva de Sócrates.
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