MATA QUE SE FARTA
As pessoas têm um instinto de sobrevivência fantástico. Como animais tentamos salvar-nos dos predadores. O contra ataque é a melhor solução. Se temos uma dor tomamos um comprimido. Se nos empurram, empurramos também. Um palavrão devolve-se a dobrar... Tudo isto para dizer que vivemos numa ficção do ego. Acreditamos que temos razão quando nada disto tem a ver com razão. A vida é querer existir mais tempo. Justificar os nossos defeitos, a fuga ao fisco e o branqueamento de capitais.Na política a coisa é mais grave porque esse instinto de sobrevivência leva à ficção colectiva em que os autores são actores e o público vota nas palmas imbecis de um comício alcoolizado com febras grelhadas e bacalhau com natas. Vem isto a propósito de certos livros que têm saído ultimamente de reclusos quase inocentes que eram políticos antes de ser reclusos e são hoje quase políticos depois de terem sido reclusos. Tudo boa gente que tenta apenas sobreviver como uma qualquer formiga no carreiro. Vai para eles a minha simpatia de Sheltox.
expressodalinha.blogspot.pt
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