Espirais virtuosas ou ilusões "metodicamente construídas"?
Ontem, Pedro Passos Coelho referiu que o trabalho do Governo foi "uma estratégia metodicamente construída" e que pôs "Portugal no caminho certo". Obviamente, trata-se de eleitoralismo bacoco. Porque bastava questionar a Maioria - que, de novo, se candidata - sobre:
1) O elevado nível de desemprego, em que o desemprego oculto das estatísticas (desempregados indisponíveis ou desencorajados e subemprego) já ultrapassa o "desemprego oficial", foi algo "metodicamente construído" pela actual Maioria?
2) quando se espera reabsorver o elevado desemprego real e mesmo atrair os recém-emigrados? É que, mesmo contando com a criação de emprego tão elogiada pelo Governo, seriam necessários dezenas de anos...
Actualmente, o universo dos que foram afastados do mercado de trabalho atinge os 1,6 milhões de pessoas. A criação de trabalho em 2013 foi de 32 mil pessoas, em 2014 de 23 mil pessoas. Por este andar, serão precisos 50 anos!!
3) O padrão de retoma que se verifica - baseado na construção e no consumo privado, sem retoma visível do investimento - é uma "estratégia metodicamente construída"? Era suposto estarmos assim ao fim de anos de ajustamento? Recordo-me das retomas anunciadas sucessivamente em 2012, 2013, 2014, 2015... Agora virão os crescimentos de 3%, apenas se a Maioria for eleita... É que se este era o modelo a criar, então a estratégia deve termudado algures no período de ajustamento (tal era a necessidade de sucesso), porque houve tempos em que a Maioria amaldiçoava esse perfil, como sendo a causa do endividamente nacional. No gráfico em baixo, pode ver-se o contributo de cada componente da procura para o crescimento do PIB verificado. Veja-se o perfil de 2010 e olhe-se para o de 2014. Na realidade, nada mudou. Porque não podia mudar em tão poucos anos. Apenas os deslumbrados poderia julgar tudo mudar com meia dúzia de traulitadas na economia;
3) Mas há uma nuance: para a Maioria, o consumo está a expandir-se sem recurso ao endividamento, assente nas bases sólidas da economia, expurgadas pelo ajustamento. Mas depois de estar um ano a repetir essas tiradas, alicerçadas em emprego instável e subsidiado, eis que surgem outros números. O endividamento é mesmo mais elevado do que antes de 2011. Será que a Maioria vai repetir a História da Cigarra e a da Formiga com que justificou a intervenção da troika?
Portugal estará mesmo "no caminho certo"?
1) O elevado nível de desemprego, em que o desemprego oculto das estatísticas (desempregados indisponíveis ou desencorajados e subemprego) já ultrapassa o "desemprego oficial", foi algo "metodicamente construído" pela actual Maioria?
2) quando se espera reabsorver o elevado desemprego real e mesmo atrair os recém-emigrados? É que, mesmo contando com a criação de emprego tão elogiada pelo Governo, seriam necessários dezenas de anos...
Actualmente, o universo dos que foram afastados do mercado de trabalho atinge os 1,6 milhões de pessoas. A criação de trabalho em 2013 foi de 32 mil pessoas, em 2014 de 23 mil pessoas. Por este andar, serão precisos 50 anos!!
3) O padrão de retoma que se verifica - baseado na construção e no consumo privado, sem retoma visível do investimento - é uma "estratégia metodicamente construída"? Era suposto estarmos assim ao fim de anos de ajustamento? Recordo-me das retomas anunciadas sucessivamente em 2012, 2013, 2014, 2015... Agora virão os crescimentos de 3%, apenas se a Maioria for eleita... É que se este era o modelo a criar, então a estratégia deve termudado algures no período de ajustamento (tal era a necessidade de sucesso), porque houve tempos em que a Maioria amaldiçoava esse perfil, como sendo a causa do endividamente nacional. No gráfico em baixo, pode ver-se o contributo de cada componente da procura para o crescimento do PIB verificado. Veja-se o perfil de 2010 e olhe-se para o de 2014. Na realidade, nada mudou. Porque não podia mudar em tão poucos anos. Apenas os deslumbrados poderia julgar tudo mudar com meia dúzia de traulitadas na economia;
3) Mas há uma nuance: para a Maioria, o consumo está a expandir-se sem recurso ao endividamento, assente nas bases sólidas da economia, expurgadas pelo ajustamento. Mas depois de estar um ano a repetir essas tiradas, alicerçadas em emprego instável e subsidiado, eis que surgem outros números. O endividamento é mesmo mais elevado do que antes de 2011. Será que a Maioria vai repetir a História da Cigarra e a da Formiga com que justificou a intervenção da troika?
Portugal estará mesmo "no caminho certo"?
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