Merkel oferece dinheiro à Grécia em troca de acatamento da troika
Fabrizio Bensch, Reuters
Segundo informações de última hora, a chanceler alemã estará a estudar uma oferta de 20 mil milhões de euros à Grécia, desde que o novo Governo continue a aceitar a supervisão da troika.
Segundo fontes citadas por Der Spiegel, o Governo Federal alemão estaria disposto a colocar à disposição do Governo do Syriza um novo pacote de financiamento no valor de 20.000 milhões de euros, a pretexto de compensar a quebra de receitas fiscais e de receitas das privatizações, entretanto suspensas pelo novo Governo.
Contudo, o Governo de Angela Merkel iria colocar a Atenas condições políticas duras: teria de declarar-se disposto a aceitar o curso de reformas decidido pelo anterior Governo, do conservador Antonis Samaras, e teria de aceitar a supervisão da troika - ainda hoje estrondosamente rejeitada pelo ministro das Finanças, Yanis Varoufakis.
Em contra-mão destas notícias de última hora, sobre eventuais cedências, ou manobras tácticas mais flexíveis, por parte do Governo Federal, continuam a acumular-se declarações iracundas por parte de diversos dirigentes democratas-cristãos ou social-cristãos.
Assim, o ministro das Frinanças da Baviera, Markus Söder (CSU), declarou ao mesmo Der Spiegel que "as consequências de uma saída [da Grécia] do euro serão provavelmente menos problemáticas do que um afrouxamento dos critérios para todos".
No mesmo sentido, o comissário europeu Günther Oettinger, do partido de Merkel, considerou que Tsikpras está a pôr em jogo a permanência da Grécia no euro, logo se apressando a acrescentar que esses são "cenários worst case", e que "ninguém pretende a saída da Grécia da Eurozona".
No pólo oposto, o ministro grego da Economia Georgios Stathakis declarou, mais uma vez em entrevista a Der Spiegel: "Os nossos cidadãos estão cansados de cinco anos de austeridade severa". E acrescentou: "Precisamosde uma solução realista para controlar as dívidas públicas". A proposta razoável, disse, é a de acoplar o pagamento das dívidas ao ritmo de crescimento da economia.
Contudo, o Governo de Angela Merkel iria colocar a Atenas condições políticas duras: teria de declarar-se disposto a aceitar o curso de reformas decidido pelo anterior Governo, do conservador Antonis Samaras, e teria de aceitar a supervisão da troika - ainda hoje estrondosamente rejeitada pelo ministro das Finanças, Yanis Varoufakis.
Em contra-mão destas notícias de última hora, sobre eventuais cedências, ou manobras tácticas mais flexíveis, por parte do Governo Federal, continuam a acumular-se declarações iracundas por parte de diversos dirigentes democratas-cristãos ou social-cristãos.
Assim, o ministro das Frinanças da Baviera, Markus Söder (CSU), declarou ao mesmo Der Spiegel que "as consequências de uma saída [da Grécia] do euro serão provavelmente menos problemáticas do que um afrouxamento dos critérios para todos".
No mesmo sentido, o comissário europeu Günther Oettinger, do partido de Merkel, considerou que Tsikpras está a pôr em jogo a permanência da Grécia no euro, logo se apressando a acrescentar que esses são "cenários worst case", e que "ninguém pretende a saída da Grécia da Eurozona".
No pólo oposto, o ministro grego da Economia Georgios Stathakis declarou, mais uma vez em entrevista a Der Spiegel: "Os nossos cidadãos estão cansados de cinco anos de austeridade severa". E acrescentou: "Precisamosde uma solução realista para controlar as dívidas públicas". A proposta razoável, disse, é a de acoplar o pagamento das dívidas ao ritmo de crescimento da economia.
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