Imersos em plena Segunda Guerra Mundial durante os bombardeios em Londres, os abrigos Anderson foram proporcionados pelo governo, para a proteção da população civil contra ataques inimigos, neste caso aéreos. O refúgio Anderson foi desenhado em 1938 por William Paterson e Oscar Carl em resposta à urgente solicitação do ministério do interior. Deve seu nome a Sir Jonh Anderson, um emergente político escocês.
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Os refúgios foram desenhados para alojar 6 pessoas. Um princípio fundamental de proteção que se baseia em curvas e retas de chapas de ferro corrugado galvanizado. Seis chapas curvas aparafusadas na parte superior, formando assim o corpo da moradia, três folhas retas de cada lado, uma delas com porta. Um lugar geralmente frio e úmido que o governo entregou para a população para sua privacidade e proteção temporária.
Muita gente não queria abandonar seus lares, pela impossibilidade de levar todos seus utensílios a essa jaula de ferro desenhada para proteger à população dos bombardeios alemães.
Em setembro de 1940 as bombas começaram a cair em Londres, a maioria buscavam refúgio nos bunkers proporcionados pelo governo, mas como não havia espaço suficiente para todos, sem lugar para poder dormir pela noite, as pessoas sentiram que era a hora de tomar a responsabilidade da moradia por suas própria conta, aceitando as míticas moradias Anderson.
Enterrados a um metro de profundidade, as moradias podiam ser decoradas com flores ou hortaliças. Um resultado bastante atrativo e um espetáculo que se converteu no tema de concursos das melhores moradias plantadas do bairro.
Os refúgios Anderson foram doados para todos os lares cujos ganhos não fossem superiores a 250 libras ao ano. Um milhão e meio de moradias deste tipo foram distribuídas a partir de fevereiro de 1939 até o estouro da guerra. Durante a contenda outros 2 milhões foram levantadas por toda Europa.
Levando-se em conta que o abrigo foi desenhado para absorver o impacto da queda de escombros, e não a um impacto direto; a grande segurança oferecida pela estrutura foi atestada quando no início dos bombardeios, 44 casas foram severamente atingidas resultando em somente 3 pessoas mortas, 13 feridos graves e 16 feridos leves de um total de 136 pessoas.
Ao final da guerra, as autoridades começaram a árdua tarefa de recuperar o ferro, mas muitas famílias desejavam manter sua moradia, talvez como prêmio ao valor de proteção outorgado a sua família. Depois de pagar um valor simbólico muitos ficaram com os seus abrigos, alguns mantidas até nossos dias.
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