Auditoria ao DCIAP: um triste retrato da justiça
A auditoria ao Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) da qual os jornais publicam hoje vários excertos, não pode deixar de causar a maior perplexidade e preocupação. Não se sabe se os excertos publicados são os mais relevantes do ponto de vista do fucionamento da justiça ou se são apenas os mais mediáticos porque o DCIAP não divulga o documento no seu sítio electrónico, apenas se conhecendo os excertos seleccionados pelos jornalistas segundo os seus próprios critérios.
Lamenta-se a falta de transparência, uma vez que os cidadãos têm o direito de conhecer o documento na íntegra e não apenas os excertos escolhidos pelos media.
Eis alguns desses excertos:
Depois da divulgação feita pelo Expresso de erros flagrantes na transcrição de escutas telefónicas entre Paulo Portas e outro dirigente do CDS no processo Submarinos; do relato da advogada Paula Lourenço sobre procedimentos próximos do “sequestro” na detenção de arguidos no “caso Marquês”, do espectáculo diário das fugas de informação no mesmo processo, a auditoria agora conhecida (cuja divulgação foi retida até agora), fornece o enquadramento que faltava para o entendimento daqueles factos.
Se um departamento por onde passa a criminalidade violenta, o branqueamento de capitais e a corrupção, funciona como a auditoria hoje publicada o descreve, é o Estado de Direito que está em causa. Uma justiça assim não tem condições para punir os infractores e proteger os cidadãos. Alguém deveria pedir contas a quem é responsável por este estado de coisas.
vaievem.wordpress.com
1 comentário:
Podemos dizer que é uma desorganização organizada.
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