Olá, eu sou o Diogo, Faro. Sou filho de uma das melhores cantoras líricas nacionais e de um maestro, músico da revolução (da pandilha do Zeca Afonso, Sérgio Godinho ou Zé Mário Branco). Coisa pouca, portanto.
Antes de ser publicitário ou comediante, já era músico. Aliás, ainda nem tinha nascido e já o era. Aos 8 comecei a estudar clarinete com o meu avô e acabei por fazer o conservatório todo e ainda hoje em dia toco. E toca a minha irmã, todos os primos, tios e avô.
Já toquei jazz, clássico e pop, em orquestras, a solo ou pequenos grupos. Já toquei pelo país e também lá fora. E uma coisa podem ter a certeza: sem a música, eu não era metade da pessoa que sou.
Já toquei jazz, clássico e pop, em orquestras, a solo ou pequenos grupos. Já toquei pelo país e também lá fora. E uma coisa podem ter a certeza: sem a música, eu não era metade da pessoa que sou.
Nem vamos mais longe, quem é que vive sem música, mesmo que nem saiba o nome das notas?
E é com muita tristeza e revolta que vejo o que se está a passar no Conservatório Nacional. Sem condições, com tectos a cair, as portas estão fechadas, assim como as ambições de tanta gente.
O Governo não dá importância. Portugal, no geral, também não. Desde que haja picnics com os carreiras da vida e desde que as malhoas da nossa praça continuem a ser bombas latsinaaaas, está tudo bem.
Não há dinheiro para o S. Carlos, para a Companhia Nacional de Bailado, para renovar a merda de um edifício onde as crianças possam aprender uma das disciplinas mais importantes que se pode ter na vida! Mas há sempre dinheiro para tapar buracos deixados por bancos e empresas corruptas. Sempre.
Para variar, andamos a dar valor às coisas erradas e a deixar o país afundar-se neste marasmo de estupidez.
Fica aqui o meu apoio.
Não desistam da música.
Não desistam da música.
"Só a arte é útil. Crenças, exércitos, impérios, atitudes - tudo isso passa. Só a arte fica, por isso só a arte se vê, porque dura." - Fernando Pessoa
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