CGTP Acusa Governo de incentivar austeridade alemã para a Grécia
A CGTP acusou hoje o Governo de estar a incentivar o seu homólogo alemão a continuar com as políticas de austeridade e de empobrecimento na Grécia, ao invés de a apoiar para conseguir melhores condições de assistência financeira.
PAÍS
Lusa
O sindicalista, que falava em conferência de imprensa após uma reunião da comissão executiva de Intersindical, considerou que o Governo português "está a fazer exatamente o inverso do que devia, que era apoiar a Grécia na renegociação das condições do empréstimo que recebeu da 'troika'" (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional).
Arménio Carlos lembrou que Portugal "está mais pobre, mais desigual, mais endividado e mais dependente após a aplicação do memorando da 'troika'".
"A política de direita e a ingerência externa continuam e são responsáveis pela situação dramática em que vive grande parte da população", disse.
O líder da Intersindical salientou a existência de mais de um milhão de desempregados, dos quais 67% (660 mil) sem qualquer prestação social.
Reivindicou, por isso, o alargamento da proteção social no desemprego, nomeadamente o prolongamento do prazo de atribuição de subsídio, "enquanto durar a crise" económica.
Arménio Carlos prometeu para breve a apresentação de um conjunto de propostas para promover o desenvolvimento do país e devolver os direitos laborais e sociais aos portugueses.
Estas propostas serão apresentadas a todos os partidos políticos, para que estes tomem posição sobre as matérias apresentadas antes das eleições legislativas e para que assumam compromissos para cumprirem se forem eleitos, disse o sindicalista.
O dirigente sindical lembrou ainda as ações de reivindicação que estão marcadas para breve, nomeadamente a jornada nacional de luta de 07 de março, que inclui manifestações em todos os distritos do país.
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