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segunda-feira, 19 de março de 2012

SILÊNCIO OPORTUNISTA

Carlos Costa ao lado de Teixeira dos Santos ex-ministro das finanças do Governo Sócrates



Silêncio oportunista

Sabem quem é um tal Carlos Costa? Este nome diz-lhes alguma coisa? Para muitos o nome não diz nada, mas se recuassem dois meses seria dos mais badalados na nossa comunicação social, era raro o dia que não aparecia a apoiar a política económica do Gaspar, de vez em quando até pedia medias ainda mais duras, chegou a ir ao Parlamento ofender um deputado. De repente calou-se, retirou-se da ribalta.

Aliás, o próprio Gaspar optou por ser mais discreto e um rapazinho chamado Hélder Rosalino também quase despareceu, o primeiro todos sabemos da pior forma que é ministro das Finanças, o segundo é secretário de Estado da administração Pública. Qual é a relação entre estas personagens?

O Carlos Costa é governador do Banco de Portugal, o Rosalino é um alto cargo do banco de Portugal e que por principal tarefa no governo teve a nova lei orgânica do Banco de Portugal onde trabalha, e o Gaspar tem como emprego de recuo precisamente o de consultor do Banco de Portugal.

E desde quando é que o Carlos Costa anda Calado, quase não se dá pelo Rosalino e o Gaspar anda a dar menos nas vistas? Foi quando o governador do Banco de Portugal foi confrontado com perguntas incómodas dos jornalistas sobre as razões de a sua seita ficar de fora dos cortes dos salários e dos subsídios. Como se sabe os funcionários do BdP têm o estatuto fiscal e económico de diplomatas suíços residentes em Portugal, ganham mais do que todos os outros e há décadas que se escapam às medidas de austeridade. O Banco de Portugal funciona como uma off-shore.

O Costa deu cambalhotas, prometeu que os administradores do BdP sofreriam os cortes e acabou por explicar que era impossível cortar aos seus empregados, que até gozaram tranquilamente o Carnaval, porque com o novo estatuto do banco decidido pelo governo tais cortes eram impossíveis. Ora lelas, pessoal do BdP está imune porque o Rosalino deu um exemplo da independência entre o BdP e o Governo, foi do primeiro para o segundo fazer o estatuto do banco para garantir que quando regressasse ganharia o mesmo que ganhava quando saiu. E quem o levou para o governo? Precisamente o Gaspar, que quando regressar ao BdP voltará a ter subsídios e terça –feira de carnaval.

Pois, percebe-se porque andam tão caladinhos e o Costa quase desapareceu, para que o povo não perceba que os que mais defendem o empobrecimento forçado dos portugueses montaram um esquema para continuarem a enriquecer.

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