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sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Pátria minha, gentil, que estás na bomba



Pátria minha, gentil, que estás na bomba
e aguardas, esbelta, por encher
de gasolina o que o depósito alomba
a fim de para o Algarve ires sofrer
De praias nunca dantes alcançadas
te queres agora, tímida, aproximar
balbuciando, em tímido inguelês
a queca de verão qu'almejas alcançar
Não é, todavia, inda o teu tempo
e protestas e ruges sem cessar
Não faz sol, faz frio, que tormento
e tu ainda à espera junto à bomba
enquanto em tua nuca caga pomba
teu prazer – tua vida – é ser lamento
Luís Vaz de Camiões
RUI ZINK


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