Mário Motta | opinião
António Costa, atual e futuro primeiro-ministro de Portugal - as eleições são a 6 de outubro - está a causar fortes suspeitas de que sofre de amnésia ou de algo muito pior, que contradiz o que ele amiúde tem dito e, principalmente, quando se assume de esquerda e antifascista.
Com o pretexto de serem democráticos e "estudiosos da história", fascistas empedernidos e ressabiados pretendem fundar em Santa Comba Dão um pseudo museu do nazi-fascista Oliveira Salazar, responsável político e moral que assassinou, torturou e oprimiu os portugueses durante mais de 40 anos. Contra tal iniciativa já se manifestaram milhares de portugueses, assim como mais de 200 antifascistas ainda vivos que foram grandes vítimas em prisões do regime salazarista-nazi-fascista. Muitos milhares pronunciaram-se em petição e os mais de 200 antifascistas escreveram ao atual e futuro primeiro-ministro António Costa. Ele respondeu-lhes? Não. Alguma vez se pronunciou sobre o assunto? Não. Auto intitula-se socialista e anti-fascista? Sim. Com este e outros comportamentos é credível que seja o que diz ser? Não.
Um militante alegadamente socialista, presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão, que inclui Vimieiro - lugar de nascimento de Salazar - é um dos principais promotores da iniciativa do pseudo-museu Salazar, a reboque de um sobrinho do criminoso ditador...
Aquele autarca é um socialista-salazarista? Fascista? A militar num partido democrático dito socialista?! Afinal um companheiro de António Costa, assim como dos socialistas (e existem por lá uns quantos sem que se perceba porquê). Assim sendo, porque não tolhe, António Costa, a manifesta intenção do autarca e de outros nazi-fascistas saudosistas de fundar o referido museu na casa vimieirense do macabro ditador? Sabendo-se que a perspetiva é a de naquele local fazer ponto de reunião e adoração não só a Salazar mas também ao nazi-fascismo com que provavelmente foi parido.
Num assunto tão aviltante para os portugueses, principalmente para os que sofreram nas masmorras de Salazar, assim como para os seus familiares e para os que perderam entes queridos assassinados pelos algozes de Salazar, António Costa manifesta enorme amnésia e deixa andar para conclusão o projeto que até a ele o salpicará com o sangue das torturas e dos assassinatos salazaristas-nazi-fascistas.
Costa não tem de ir ao médico por causa da referida amnésia mas sim clarificar de que lado está. A democracia não pode baixar pontes levadiças quando se trata de projetos ou outras pretenções extremistas para ressuscitar mais extremismos que mais tarde ou mais cedo a destroem. Costa já devia ter clarificado a sua posição sobre o assunto com o seu companheiro de partido político, PS, autarca de Santa Comba. Aquela malfadada região onde foi parido tal criminoso, António de Oliveira Salazar.
Vai haver pseudo museu a honrar e glorificar o nazi-fascismo sob a forma de salazarismo? Vamos ter de ver as romarias de nazi-fascistas ao Vimieiro, local do pseudo-museu?
O que dirá Costa, que cobardemente se remete ao silêncio, menosprezando os que lutaram por Portugal democrático, livre do fascismo, livre do salazarismo, livre de nazis?
Onde está o António Costa que tanto se regozijava com a chamada "Geringonça" e ser primeiro-ministro de um governo de esquerda? Perdeu-se no caminho? Embriagou-se com o poder e enveredou por inverter para a direita?
Era muito bom que respondesse a questões prementes antes das eleições, sob pena de acabar por ser comprovadamente considerado desonesto nas declarações e no seu "auto-retrato". Arregimentando desiludidos pelas suas políticas e suas açoes.
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