Por força da inflação registada, os trabalhadores já perderem 7,6 por cento do seu salário, denuncia hoje, num Comunicado de imprensa, a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal.
Além disso, as associações patronais da panificação do Norte, Centro e Sul uniram-se e apresentaram uma única proposta de contrato coletivo de trabalho (CCT) a nível nacional aos sindicatos, dizendo que não era sua intenção retirar direitos aos trabalhadores, mas, com o decorrer das negociações, ficou logo muito claro que a única intenção do patronato era retirar direitos aos trabalhadores, tentando nivelar por baixo os três contratos coletivos.
As associações patronais pretendem acabar com o feriado municipal, reduzir os dias de férias, acabar com a tabela salarial do domingo, piorar o trabalho noturno, acabar com outros direitos também importantes, criar bancos de horas e manter uma tabela salarial com salários muito baixa que não repõe o poder de compra perdido ao longo dos anos em que não deram aumentos salariais.
Como os sindicatos recusaram a retirada de direitos, o patronato voltou a bloquear a negociação coletiva e as três associações patronais dizem que só voltam às negociações se os sindicatos aceitarem as suas propostas chantagistas e inaceitáveis.
Também não é verdade que hajam tantas padarias a encerrar e abrem mais que aquelas que encerram.
O patronato está a fazer chantagem sobre o Governo para este não aumentar o salário mínimo para 600 euros.
Hoje praticamente todos os trabalhadores da panificação recebem o salário mínimo nacional devido à recusa em negociar.
Contudo, os trabalhadores da panificação sempre receberam acima do SMN.
A FESAHT vai convocar o patronato para a conciliação no Ministério do Trabalho.
FONTE: Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal
cgtp.pt
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