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sábado, 25 de novembro de 2017

A surpreendente história da "bomba gay" do Pentágono que pretendia converter os inimigos em homossexuais



Entre todas as ideias têm surgiram nos laboratórios do Exército de Estados Unidos, uma se estabelece como a mais surrealista de todas. Ocorreu não faz tanto temo, em 1994, e pela primeira vez na história bélica, o lema "Faça o amor, não faça a guerra!" cobrava mais sentido do que nunca, ainda que de uma forma bem retorcida. Parte desta ideia tão macabra e difícil de explicar, tinha algo de inovador. Pela primeira vez também, o exército que mais trabalhou na ideia da destruição através de um simples botão, tinha em suas mão uma proposta que não buscava matar.

A surpreendente história da
Nesse ano, em 1994, o Laboratório Wright, parte da Força Aérea dos Estados Unidos, lançou uma proposta de três páginas para a realização de uma bomba gay, sim, tal qual você lê.

Anos depois, a documentação obtida por Ed Hammond, do Sunshine Project, uma organização não governamental, descobriu que estes laboratórios com sede em Ohio tinham solicitado uma subvenção de 6 anos e quase 8 milhões de dólares para criar uma variedade de armas não letais.
A surpreendente história da
O projeto intitulado "Arassing, annoying and 'Bad Guy' Identifying Chemicals" era visto como uma ideia inclassificável sacada de um filme de ciência ficção de série B. Segundo detalhavam na definição do projeto, a bomba gay:
"O projeto propõe o desenvolvimento de uma arma afrodisíaca que altera a mente para uso das forças armadas dos Estados Unidos. A bomba contém um químico que faz com que os soldados inimigos se tornem homossexuais, e que suas unidades se separem porque todos seus soldados se tornam irresistivelmente atraentes um para o outro."
A verdade é que o laboratório também apresentou outras ideias igualmente questionáveis, como bombas de bafo de bode (bomba halitose), bombas de flatulência ou bombas desenhadas para atrair enxames de insetos aos combatentes inimigos, mas nenhuma destas podia fazer sombra a incrivelmente surrealista bomba gay.

E daí, o que disse o próprio Pentágono sobre tudo isto? Pois não disse que não existiu. Ao contrário, sustentou que esta "história de amor" através de uma bomba gay existiu, ainda que tenha sido uma proposta muito breve. No entanto, para o Sunshine Project não é de todo verdade.
A surpreendente história da
Pentágono. Via: Wikimedia Commons
A organização assegura que a proposta chegou a passar várias fases, incluindo a apresentação ao organismo interno de revisão científica mais alta do país para que considerações. E mais: esta informação da proposta chegou a ser apresentada na National Academy of Sciences de 2002.

A resposta do Pentágono foi que, o departamento de defesa se comprometia a identificar, pesquisar e desenvolver armas não letais que respaldassem seus homens e mulheres de uniforme.
A surpreendente história da
Obviamente, o projeto nunca decolou, mas seguiu sendo um mistério averiguar como demônios alguém conseguiu propor uma ideia como essa. Provavelmente, e como apontam em várias publicações, a ideia surgiu após que Bill Clinton tentou levantar a proibição dos homossexuais no exército.

Rapidamente, o que ex-presidente dos Estados Unidos se deparou com uma campanha contra patrocinada pelos líderes militares, que promoveram a "incompatibilidade" dos homossexuais no serviço porque eram capazes de "alterar a moral e disciplina militar".

Não há muito o que dizer em relação a vertente científica da ideia de uma bomba gay, ainda que, sabe-se lá como, o exército mais poderoso do mundo tenha considerado a sua criação. Em 2007 os laboratórios Wright tiveram a honra de ganhar um prêmio Ig Nobel por sua tentativa fugaz de fazer da guerra uma orgia desenfreada.
Fonte: Wired.

www.mdig.com.br

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