A antiga cidade do deserto de Chinguetti, na Mauritânia, na margem ocidental do Saara, mudou pouco desde que foi fundada há mais de doze séculos. As casas ainda são construídas com pedras avermelhadas e lama seca, com telhados planos feitos com as palhas de palmeiras. As paredes de pedra tem pequenas janelas e portas com caixilhos feitos com madeira de acácia, que há muito desapareceu da área circundante. Muitas dessas casas agora estão em ruínas, abandonadas por seus donos para escapar da areia invasora do vasto Saara.
|
Uma vez Chinguetti chegou a ser uma metrópole próspera com mias de 200.000 habitantes, mas agora tem apenas alguns milhares predestinados deles.
Via: Michał Huniewicz
À medida que a cidade desaparece lentamente sob a areia, algumas das últimas famílias restantes se agarram desesperadamente ao seu precioso tesouro: uma das melhores coleções de manuscritos islâmicos antigos.
Via: Michał Huniewicz
Localizada na encruzilhada de várias rotas comerciais pelo Saara, Chinguetti tornou-se um importante centro comercial no século 11.
Via: Michał Huniewicz
As caravanas do deserto usavam a cidade como um entreposto, parando para vender suas mercadorias e deixar os milhares de camelos descansarem um pouco.
Via: Michał Huniewicz
Mais tarde, tornou-se um lugar de encontro para os peregrinos a caminho de Meca.
Via: Michał Huniewicz
À medida que milhares de homens cultos passaram por este lugar, o intercâmbio de idéias religiosas e científicas fez com que a reputação da pequena cidade florescesse.
O que antes era apenas um ponto de parada rápida se tornou um destino por direito próprio.
Via: Christophe André
Durante séculos, pessoas de toda a África Ocidental viajavam para Chinguetti para estudar religião, bem como leis, astronomia, matemática e medicina.
Via: Christophe André
Há meio século atrás, havia 30 bibliotecas com volumes antigos e milhares de manuscritos.
Via: Ammar Hassan
Agora, apenas cinco sobrevivem. Essas bibliotecas privadas são vigiadas pelas mesmas famílias que passaram por seus tesouros literários por gerações.
Via: Ammar Hassan
Dispostos em prateleiras abertas no clima desértico do deserto, esses artefatos preciosos estão lentamente virando pó.
O governo da Mauritânia tentou adquirir esses delicados manuscritos de seus detentores para que possam ser preservados, mas as famílias se recusam a se separar do seu legado.
Para eles, é mais do que uma honra mantê-los, é como se fossem guardiões abnegados.
Via: Michał Huniewicz
- "Você se separaria da sua mão ou do seu pé? É parte de nós", disse Seif Islam (foto 1), gerente da escola de segundo grau local, que tem 700 volumes empoeirados em sua coleção.
Via: Jason Finch
Esses bibliotecários, no entanto, mostrarão ansiosamente sua coleção para qualquer turista curioso o suficiente para vê-los.
Via: Ibiss
Estima-se que existem 33 mil textos antigos no país, mas apenas alguns milhares foram devidamente limpos e arquivados no Museu Nacional.
Via: Ibiss
Fonte: Mail Online.
www.mdig.com.br
Sem comentários:
Enviar um comentário