Quando comemos um pedaço de chocolate eventual, ou mesmo quando nos esbaldamos em barras e mais barras em uma noite especial, não imaginamos o impacto da atual produção de chocolates sobre o meio ambiente.
De pedaço em pedaço, anualmente a demanda pelo doce mais consumido do mundo chega a quase 3 milhões de toneladas por ano – e 70% dessa produção de cacau vem de um cinturão de países africanos, entre Serra Leoa e Camarões, onde as florestas, em muito por conta dessa produção, vêm se reduzindo drasticamente.
Nos últimos 60 anos uma redução de quase 80% nas florestas da região – em especial em Gana e na Costa do Marfim, os dois maiores produtores de cacau – pôde ser medida. Não só a própria produção como o desmatamento para a plantação de mais cacau vêm destruindo as florestas da região. Se antigamente um quarto da Costa do Marfim era coberta por verde, hoje somente 4% do país segue coberto.
Grupos ambientais garantem que se a produção seguir nesse ritmo, em 2030 as florestas simplesmente desaparecerão. Naturalmente que junto com o encolhimento das matas, diversos animais, como leopardos, chimpanzés, hipopótamos e elefantes acabam ameaçados também.
A questão ambiental não é, no entanto, o único problema. Além de representar a sobrevivência dos fazendeiros da região – que em sua maioria quase absoluta ganham uma miséria, explorados por grandes empresas de chocolate como Mars e Nestlé – há a questão das condições de trabalho e do trabalho infantil, que trazem um amargor nada desejado ao chocolate que consumimos diariamente.
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