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terça-feira, 9 de agosto de 2016

As bandeiras são um sinal?



O PS foi e programaticamente continua de forma aparente a ser o mais europeísta dos partidos portugueses. Digo de forma aparente porque há muito que as direitas portuguesas se converteram a um vínculo externo que favorece estruturalmente as suas políticas, ultrapassando o PS no seu entusiasmo. Qualquer social-democrata informado olha para o europeísmo realmente existente e tem o dever de saber que aí radica a fonte principal da sua impotência política.

E o que é que esta conversa tem que ver com este cartaz espalhado pelo país? Não sei, talvez tudo. A Europa já não está connosco, dado que Portugal tem de ser aí explicitamente defendido, reparem no princípio de realismo: o interesse nacional não se dilui no europeísmo. Há uma diferença, que ainda não tem tradução programática social-democrata organizada, mas até já tem tradução na política externa, a que, aqui e ali, contrasta com o do anterior governo. Isto teria reflexos na simbologia, onde a prática muitas vezes se inscreve mais rapidamente: reparem no tamanho e na posição das duas bandeiras.

Estou a ver mal? Admito outra interpretação do cartaz e do resto, claro, mas se esta tiver pernas para andar, e os dilemas impossíveis de que fala o João Ramos de Almeida aí estão para a testar, é um sinal de todo um programa para o futuro, em linha com o que muitos têm dito e escrito. Para o elaborar ideologicamente basta ir buscar inspiração num patriotismo republicano, num nacionalismo de esquerda (sim, nacionalismos há muitos, ao contrário do que diz a ignorante sabedoria convencional), que, esse sim, pôde e pode, ao contrário do europeísmo realmente existente, ter declinações social-democratas consequentes.

ladroesdebicicletas.blogspot.pt

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