A organização do festival "Andanças" tem um seguro que cobre os danos resultantes do incêndio ocorrido hoje num parque de estacionamento nas imediações do recinto, em Castelo de Vide, referiu a responsável pela Coordenação Executiva e Sustentabilidade do evento.
"A organização tem um seguro que cobre os danos e agora estamos em contacto com a seguradora para avaliar tudo", disse aos jornalistas, no local, Graça Gonçalves, pouco depois das 17:00.
Nestas declarações à imprensa, a organização não soube ainda precisar o número de viaturas destruídas pelas chamas, no distrito de Portalegre.
Embora sem ferimentos graves, algumas pessoas foram assistidas no local, mas também não foi ainda avançado um número.
"Sabemos apenas que ele [o incêndio] deflagrou no parque de estacionamento, supostamente num carro que se incendiou e depois teve um efeito de contágio, atingindo várias dezenas ou mesmo centenas de carros. Não podemos avançar um número porque essa peritagem está ainda a decorrer", afirmou o presidente da Câmara de Castelo de Vide, António Pita.
O autarca referiu tratar-se de uma "situação catastrófica, pela dimensão que teve, do ponto de vista dos prejuízos materiais, que são avultados".
António Pita referiu que o plano de emergência foi bem executado.
O "Andanças" - Festival Internacional de Danças Populares decorre desde segunda-feira nas margens da albufeira de Póvoa e Meadas, no concelho de Castelo de Vide.
Promovida pela PédeXumbo, Associação para a Promoção da Música e Dança, a 21.ª edição do festival esperava receber, até domingo, 40 mil visitantes, numa área de 28 hectares.
HYT // ROC
Lusa/fim
24.sapo.pt
422 carros destruídos no Andanças. Não há indícios de crime
Fogo obrigou milhares de pessoas a abandonar o local. "Parecia o êxodo", contou Teresa Charata ao
O incêndio que esta quarta-feira ao início da tarde destruiu 422 viaturas e ainda atingiu outras nove no parque de estacionamento do Festival Andanças terá tido num "carro que se incendiou e propagou aos outros", disse ao DN o tenente-coronel Carlos Belchior, da GNR de Portalegre.
"Pode ter havido várias causas: um curto-circuito, aquecimento do escape em contacto com mato fino, sobreaquecimento do sistema elétrico, entre outros", acrescentou o oficial, garantindo que não existem "indicadores de origem criminosa".
A GNR contactou entretanto a Polícia Judiciária para que esta no local descarte oficialmente a possibilidade de se ter tratado de um ato criminoso.
A possibilidade de o fogo ter começado num único carro já tinha sido avançada pelo presidente da Câmara de Castelo de Vide, António Pita: "Sabemos apenas que ele [o incêndio] deflagrou no parque de estacionamento, supostamente num carro que se incendiou e depois teve um efeito de contágio".
Da parte do Andanças, a organização grantiu entretanto que " tem um seguro que cobre os danos", estando "em contacto com a seguradora para avaliar tudo".
"Parecia o êxodo. Começámos todos a sair do recinto do festival. Ouvimos explosões. Houve carros que explodiram", contou Teresa Charata, uma das participantes no Festival Andanças que foi à boleia com um amigo para o evento. "O meu amigo foi ver como estava o carro. Eu estou com as minhas filhas e saí do local, juntamente com as outras famílias. As pessoas com crianças foram todas encaminhadas para a mesma zona, estamos aqui no meio de uma estrada".
Teresa é uma das mais de quatro mil pessoas que foram obrigadas a sair do recinto do festival Andanças devido ao incêndio que deflagrou pelas 14.00 no parque de estacionamento do evento, localizado na albufeira de Póvoa e Meadas, no concelho de Castelo de Vide, distrito de Portalegre.
A organização confirmou ao Diário de Notícias que cerca de 100 carros terão sido afetadas pelas chamas, mas garantiu que não há feridos. O tenente-coronel Carlos Belchior, confirmou que "mais de 100 carros foram incendiados. Foi um foco de incêndio que se restringiu ao parque de estacionamento".
A zona das caravanas, do outro lado do recinto do festival, não terá sido atingida. As tendas dos participantes no evento, como a artesã Teresa, também não foram afetadas. "Vieram pessoas da zona ter connosco e oferecer-nos garrafas de água e comida. Estamos bem. Mas deixámos tudo nas tendas", contou a jovem.
Fonte da organização conta que as pessoas foram encaminhadas para um "ponto seguro", respeitando o plano de emergência que estava traçado e seguindo as indicações. Em conferência de imprensa, a responsável pela Coordenação Executiva e Sustentabilidade do evento disse ainda que a organização tem um seguro que cobre os danos resultantes do incêndio.
Cerca de 160 operacionais, com o apoio de 42 viaturas e quatro meios aéreos combateram o incêndio, segundo os bombeiros afirmaram à Lusa.
De acordo com dados divulgados na página na Internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o alerta foi dado às 15:00 e o combate às chamas mobilizava, às 16:00, 159 bombeiros de várias corporações da região.
O festival Andanças, na sua 21.ª edição, dedica-se à dança, música e partilha e prolongar-se-ia até domingo. Promovido pela PédeXumbo, Associação para a Promoção da Música e Dança, o "Andanças" - Festival Internacional de Danças Populares espera receber cerca de 40 mil visitantes, numa área de 28 hectares.
A iniciativa, que conta com 10 palcos, mais de 50 grupos participantes e cerca de mil pessoas na parte logística (voluntários), tem este ano como lema "O Desafio", que serve de mote para encontros entre práticas tradicionais e artes emergentes.
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