Complexo completou 14 anos de funcionamento;
ONU pede que EUA demonstrem 'comprometimento' fechando prisão e
investigando maus tratos contra detentos
Cerca
de 40 pessoas se reuniram em frente à Casa Branca, nesta segunda-feira
(11/01), para pedir o fechamento da prisão da Baía de Guantánamo e
contestar as afirmações do presidente dos EUA, Barack Obama, de que a
medida estaria além de seu controle.
Vestidos com macacões laranjas, típicos do centro de detenção, e encapuzados, os manifestantes marcaram os 14 anos desde a abertura de Guantánamo. “É hora de ser honesto. Você não pode culpar o Congresso. Presidente Obama, cumpra sua promessa”, cantou Luke Nephew, dos Poetas da Paz de Nova York.
Vestidos com macacões laranjas, típicos do centro de detenção, e encapuzados, os manifestantes marcaram os 14 anos desde a abertura de Guantánamo. “É hora de ser honesto. Você não pode culpar o Congresso. Presidente Obama, cumpra sua promessa”, cantou Luke Nephew, dos Poetas da Paz de Nova York.
Os
manifestantes exibiam faixas com os nomes e rostos dos mais de 90
detentos, além de frases como “Feche Guantánamo agora”
Protesto pelo fechamento de Guantánamo acontece anualmente em Washington
Membros da organização Amnistia Internacional também compareceram à manifestação. “O presidente Obama tratou da questão em sua campanha e disse que acreditava que não só a Guerra do Iraque, mas também Guantánamo, eram coisas sobre as quais ele tinha responsabilidades”, lembrou ao The Guardian Naureen Shah, diretora de segurança e do programa de direitos humanos da organização.
Membros da organização Amnistia Internacional também compareceram à manifestação. “O presidente Obama tratou da questão em sua campanha e disse que acreditava que não só a Guerra do Iraque, mas também Guantánamo, eram coisas sobre as quais ele tinha responsabilidades”, lembrou ao The Guardian Naureen Shah, diretora de segurança e do programa de direitos humanos da organização.
O
fechamento de Guantánamo foi uma das suas principais bandeiras
eleitorais do presidente norte-americano, mas sem o apoio do Congresso
de maioria republicana Obama não conseguiu sequer autorizar a
transferência de detentos para prisões dentro do território nacional dos
EUA, recorrendo a outros países.
Neste ano, quatro detentos foram liberados: dois iemenitas, transferidos para Gana, onde foram soltos; e um kuwaitiano e um saudita, que retornaram aos seus países de origem. Outros 13 detentos devem ser liberados até o fim deste mês. Mesmo assim, Guantánamo ainda possui 103 detentos.
"Nenhum passo atrás. Feche Guantánamo"
Neste ano, quatro detentos foram liberados: dois iemenitas, transferidos para Gana, onde foram soltos; e um kuwaitiano e um saudita, que retornaram aos seus países de origem. Outros 13 detentos devem ser liberados até o fim deste mês. Mesmo assim, Guantánamo ainda possui 103 detentos.
ONU: “pedimos que os EUA fechem Guantánamo prontamente”
Devido
aos 14 anos de Guantánamo, a ONU divulgou uma carta reforçando seus
pedidos aos EUA para que fechem a prisão. Nele, a organização afirma que
o país, que justificava o funcionamento do centro com sua política de
“guerra ao terror”, passou da “guerra ao terror” para a “guerra do
extremismo”.
“Os
Estados Unidos devem limpar a própria casa – a impunidade gera apenas
mais abusos na medida em que o país não se sente obrigado a deixar de se
envolver em práticas ilegais”, diz o documento.
“Com
o ano novo, reiteramos nosso pedido de fechar o centro de detenção da
Baía de Guantánamo e de tratar as violações que ocorreram em todos os
locais de detenção - oficiais ou não. Os EUA devem demonstrar liderança e
comprometimento para assegurar que os princípios da lei internacional
seja mantidos”, conclui a carta.

Grupos pediram fechamento da prisão de Guantánamo na segunda
Grupos pediram fechamento da prisão de Guantánamo na segunda
Vídeos de alimentação forçada
Além
da pressão para o fechamento de Guantánamo, o governo norte-americano
enfrenta um pedido judicial de 2014 que obriga as autoridades a
entregarem vídeos de alimentação forçada de presos que estavam em greve
de fome, uma punição classificada pela ONU e pela Cruz Vermelha como
“cruel, deshumana e degradante”.
O
prazo para que a administração Obama recorra da medida se encerra em
menos de duas semanas. Caso isto não seja feito, uma versão censurada
das gravações será divulgada para o público.
Até o
momento, apenas a corte, advogados autorizados e a organização de
direitos humanos internacional Reprieve tiveram acesso aos vídeos.
Veículos de mídia internacionais como New York Times, Washington Post, Associated Press e Reuters, entre outros, já foram à justiça tentar obter acesso às gravações.
http://operamundi.uol.com.br
Sem comentários:
Enviar um comentário