Um em dez portugueses não vai ao médico por falta de dinheiro
por DN.
Fotografia © Paulo Spranger/Global Imagens
Dezasseis por cento dos inquiridos admitiram não ter comprado medicamentos receitados pelo médico devido ao preço.
Quase 10% dos portugueses não foram ao médico e não fizeram exames de diagnóstico por falta de dinheiro no ano passado, revela um estudo daUniversidade Nova, citado pela TSF.
O mesmo estudo, que procurou avaliar a eficácia e qualidade do Serviço Nacional de Saúde, também mostra que 16% das pessoas não compraram medicamentos receitados devido ao preço - mesmo no caso de 11% das pessoas que sofrem de doenças crónicas.
Em 2014, cada português faltou em média cinco dias ao trabalho por motivos de doença, o que representa um prejuízo de cerca de dois mil milhões de euros por via dos salários. O estudo da Nova avança que cada milhão de euros investido na saúde diminui o absentismo em cerca de 12 anos, enquanto cada euro investido tem um retorno para a economia de 46 cêntimos.
Os 10% de portugueses que dizem ter abdicado de certos serviços de saúde devido ao custo elevado deixaram de ir ao médico, de fazer exames de diagnóstico, ou de ir a consultas de especialidade.
O trabalho, realizado pela Information Management School da Universidade Nova, revela ainda que quase metade dos portugueses diz que o estado de saúde tem um impacto negativo na qualidade de vida e na produtividade.
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