O abcesso palavroso
Cada vez que abre a boca, para tecer elogios à sua governação que transformou o país numa arena de famintos e vendeu ao desbarato o património do Estado, Passos Coelho faz-me recordar uma crónica de Vasco Pulido Valente, que lhe chamava "Abcesso palavroso".
Passos Coelho debita frases como se fossem slogans publicitários produzidos por umcopywriter falhado. Dá pontapés sucessivos na gramática, gagueja ( tique típico dos aldrabões), enrola-se em rodriguinhos encomiásticos para enaltecer uma recuperação económica que só existe na cabeça de tresloucados ou ignorantes. Ele fala para a populaça laranja como se fossem néscios, deixa as frases incompletas suspensas no ar à espera de aplausos que, quando surgem, são a maioria das vezes envergonhados.
Passos Coelho é falso e ridículo. As suas aparições nas vernissages do rissol, das alheiras ou do fumeiro, transformam-se em comícios avidamente seguidos pelas televisões, que transmitem à exaustão um conjunto de atoardas, embrulhadas em telejornais, como se de notícias se tratassem.
A desconstrução das falsas palavras de Passos é sistematicamente feita nos canais por cabo, a horas em que ninguém lhes liga, porque o povo prefere as telenovelas brasileiras, ao discurso de um vendedor de banha da cobra.
Não há pachorra para ouvir o "Abcesso palavroso".
cronicasdorochedo.blogspot.pt
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