Falemos "com toda a franqueza" sobre o clientelismo
Em Fevereiro de 2011, o então líder parlamentar do CDS Pedro Mota Soares fez chegar aos jornalistas um powerpoint em que traçava uma ligação partidária entre o PS e os dirigentes da Segurança Social.
A 1/7/2011, Paulo Portas fechou o debate do programa do Governo. E a certa altura afirmou:
"Há uma outra decisão que podemos anunciar hoje e que é similar no combate ao desperdício e ao despesismo, que são dois hábitos que a sociedade portuguesa não tolera mais. É, aliás, uma decisão que também é importante para outro debate, que é, digamo- lo com toda a franqueza, o doclientelismo.
Diz a lei que os centros distritais da segurança social têm um director e directores-adjuntos. O Governo tomou a decisão de não nomear, em cada distrito, um director-adjunto.
Vozes do PSD: — Muito bem!
"Porque não são indispensáveis, havendo um director, porque, emblematicamente, são despesa que não prejudica ninguém poupar e, ainda, do ponto de vista conceptual, há também aqui um sinal pragmático sobre a velha questão dos «jobs for the boys». Como alguém diria, a maneira mais eficaz de terminar com a tentação dos boys é mesmo terminar com a profusão dos jobs!"
Ainda em 2011, já quando então ministro da Solidariedade, Pedro Mota Soares nomeou diversos assessores partidários para corpos dirigentes do Instituto da Segurança Social, o organismo central da Segurança Social. A ponto do PS terprotestado.
Em Dezembro de 2014, novas acusações.
A 9/2/2015, tornou-se conhecido que os dirigentes dos centros distritais da Segurança Social foram repartidos entre o PSD e o CDS. E isto apesar da forma escolhida de nomeação ser tida como transparente e feita apenas com base do mérito: "A escolha é feita em função de um perfil desejado pelo governo e seguindo as regras impostas na lei".
Conclusão: Faço minhas as palavras de Paulo Portas: tudo isto "é importante para outro debate, que é, digamo- lo com toda a franqueza, o do clientelismo" local e partidário, sobretudo quando a visão do CDS da Segurança Social pública é, precisamente, a do seu esvaziamento e a sua passagem para entidades fora do Estado.
A 1/7/2011, Paulo Portas fechou o debate do programa do Governo. E a certa altura afirmou:
"Há uma outra decisão que podemos anunciar hoje e que é similar no combate ao desperdício e ao despesismo, que são dois hábitos que a sociedade portuguesa não tolera mais. É, aliás, uma decisão que também é importante para outro debate, que é, digamo- lo com toda a franqueza, o doclientelismo.
Diz a lei que os centros distritais da segurança social têm um director e directores-adjuntos. O Governo tomou a decisão de não nomear, em cada distrito, um director-adjunto.
Vozes do PSD: — Muito bem!
"Porque não são indispensáveis, havendo um director, porque, emblematicamente, são despesa que não prejudica ninguém poupar e, ainda, do ponto de vista conceptual, há também aqui um sinal pragmático sobre a velha questão dos «jobs for the boys». Como alguém diria, a maneira mais eficaz de terminar com a tentação dos boys é mesmo terminar com a profusão dos jobs!"
Ainda em 2011, já quando então ministro da Solidariedade, Pedro Mota Soares nomeou diversos assessores partidários para corpos dirigentes do Instituto da Segurança Social, o organismo central da Segurança Social. A ponto do PS terprotestado.
Em Dezembro de 2014, novas acusações.
A 9/2/2015, tornou-se conhecido que os dirigentes dos centros distritais da Segurança Social foram repartidos entre o PSD e o CDS. E isto apesar da forma escolhida de nomeação ser tida como transparente e feita apenas com base do mérito: "A escolha é feita em função de um perfil desejado pelo governo e seguindo as regras impostas na lei".
Conclusão: Faço minhas as palavras de Paulo Portas: tudo isto "é importante para outro debate, que é, digamo- lo com toda a franqueza, o do clientelismo" local e partidário, sobretudo quando a visão do CDS da Segurança Social pública é, precisamente, a do seu esvaziamento e a sua passagem para entidades fora do Estado.
ladroesdebicicletas.blogspot.pt
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