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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Novo comissário europeu do Ambiente é accionista de duas petrolíferas - Quem melhor do que um accionista de duas petrolíferas para ficar com a pasta do ambiente? Para o novo presidente da Comissão Europeia, o luxemburguês Jean-Claude Juncker, aparentemente não existe ninguém.

Novo comissário europeu do Ambiente é accionista de duas petrolíferas

Miguel Arias CaneteQuem melhor do que um accionista de duas petrolíferas para ficar com a pasta do ambiente? Para o novo presidente da Comissão Europeia, o luxemburguês Jean-Claude Juncker, aparentemente não existe ninguém.
Segundo o The Guardian, o nomeado para o cargo, o espanhol Miguel Arias Cañete, tem acções da Ducor S.L. e da Petrologis Canarias S.L. Cañete, antigo ministro da Agricultura e do Ambiente de Espanha, tinha €326.000 em acções nas duas empresas à data da sua última declaração de interesses, em 2011.
Vários legisladores já alertaram que o responsável terá de vender as acções antes de tomar posse. “Não existem garantias de que Cañete possa ser confirmado”, explicou ao Guardian um membro da comissão de Ambiente, o alemão Jo Leinen.“Um comissário tem de ser independente de interesses especiais e, na minha opinião, é obrigatório que ele venda as suas acções em empresas petrolíferas se quer fazer o seu trabalho sem qualquer conflito de interesses”, explicou Leinen. “Ele não pode ter compromissos comerciais ou interesses pessoais”.
Novo comissário europeu do Ambiente é accionista de duas petrolíferas

Novo comissário europeu do Ambiente é accionista de duas petrolíferas

Quem melhor do que um accionista de duas petrolíferas para ficar com a pasta do ambiente? Para o novo presidente da Comissão Europeia, o luxemburguês Jean-Claude Juncker, aparentemente não existe ninguém.
Segundo o The Guardian, o nomeado para o cargo, o espanhol Miguel Arias Cañete, tem acções da Ducor S.L. e da Petrologis Canarias S.L. Cañete, antigo ministro da Agricultura e do Ambiente de Espanha, tinha €326.000 em acções nas duas empresas à data da sua última declaração de interesses, em 2011.
Vários legisladores já alertaram que o responsável terá de vender as acções antes de tomar posse. “Não existem garantias de que Cañete possa ser confirmado”, explicou ao Guardian um membro da comissão de Ambiente, o alemão Jo Leinen.
“Um comissário tem de ser independente de interesses especiais e, na minha opinião, é obrigatório que ele venda as suas acções em empresas petrolíferas se quer fazer o seu trabalho sem qualquer conflito de interesses”, explicou Leinen. “Ele não pode ter compromissos comerciais ou interesses pessoais”.
Na verdade, Cañete já foi presidente das duas empresas, mas saiu em 2012. O seu cunhado, Miguel Domecq Solis, é também director da Petrologis e da Ducar, enquanto o seu filho, Miguel Arias Domecq, é membro da administração da Ducar.
“Vamos interroga-lo sobre o seu compromisso para uma economia de baixo carbono e também sobre a sua integridade pessoal e política, e vamos querer respostas. O Parlamento já recusou vários candidatos no passado, por isso não há nenhuma garantia que ele possa ser comissário”, explicou Leinen.
Ontem, dez ONGA (organizações não-governamentais de ambiente) escreveram a Jean-Claude Junker a manifestar preocupação pela escolha de Cañete. “Há o risco de a Europa deixar de apostar de forma activa em política que têm como foco o ambiente”, alertou o presidente da Quercus, Nuno Sequeira.
“Não é um sinal muito positivo para os europeus, na medida em que a Europa deve apostar nas energias renováveis, na eficiência energética”, concluiu o responsável.
A lista dos novos comissários europeus foi apresentada na quarta-feira, em Bruxelas. O novo executivo europeu deverá iniciar funções a 1 de Novembro, depois de aprovado pelo Parlamento Europeu.
www.leituras.eu

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