Um murro com força!
Apesar do esforço para contrariar a evidência, o primeiro ministro Passos Coelho não me parece nada inocente nem remediado. Revela, outrossim, falta de dimensão para exercer o seu cargo.
Da sua intervenção hoje na AR podemos tirar duas conclusões principais.
1- O segredo fiscal foi violado. Ele, na sua qualidade de coitadinho não pode fazer nada. Afirma-se surpreendido, assegura-se indignado, mas podem os Portugueses ficar descansados, ele não irá tomar medidas para punir os violadores. Não pode, não quer ou não sabe como fazê-lo. Restou-lhe e bastou-lhe queixar-se na AR. Quando se esperariam medidas, somos surpreendidos com queixas. Onde fica o guichet das reclamações dos primeiros ministros? Que secção da Loja do Cidadão as acolherá? Deverá o primeiro minstro pedir o Livro de Reclamações? Queixar-se ao Provedor de Justiça?
2- A Tecnoforma, empresa onde comprovadamente trabalhou, foi a principal financiadora de um tal Centro Português para a Cooperação. Este Centro funcionava nas instalações da Tecnoforma e Passos Coelho foi mesmo, segundo aqui se afirma, o principal executante desta ideia de um dos administradores da empresa.
Depois de ter começado a exercer o seu cargo de deputado, em regime deexclusividade, colaborou confessadamente com o referido Centro. Não terá recebido remuneração alguma como resultado dessa sua colaboração. Apenas terá sido ressarcido das despesas que, enquanto conselheiro em regime pro bono, efectuou ao serviço desse Centro. Não sabemos que despesas, qual o montante nem há documentação oficial que comprove o que quer que seja de toda esta embrulhada. Na aparência, estamos perante um Centro, no mínimo, fiscalmente periférico.
Nem ficou, sobretudo, claro por que razão, a que título (para quê?!) um deputado da Nação deixa a Tecnoforma e passa a colaborar tão afanosamente com um Centro Português para a Cooperação, surgido da inicativa exclusiva da empresa onde trabalhou até ser eleito e por ele impulsionado. É um novo conceito fiscal: trabalho em regime de ressarcimento.
Tal como Passos Coelho, resta-nos então ficar surpreendidos, assegurarmo-nos indignados e ficarmos todos descansados porque nada irá ser feito para distorcer factos tão torcidos.
Ou então, se não queremos continuar a deixar que façam de nós parvos, teremos todos de dar um valente murro colectivo na mesa.
Da sua intervenção hoje na AR podemos tirar duas conclusões principais.
1- O segredo fiscal foi violado. Ele, na sua qualidade de coitadinho não pode fazer nada. Afirma-se surpreendido, assegura-se indignado, mas podem os Portugueses ficar descansados, ele não irá tomar medidas para punir os violadores. Não pode, não quer ou não sabe como fazê-lo. Restou-lhe e bastou-lhe queixar-se na AR. Quando se esperariam medidas, somos surpreendidos com queixas. Onde fica o guichet das reclamações dos primeiros ministros? Que secção da Loja do Cidadão as acolherá? Deverá o primeiro minstro pedir o Livro de Reclamações? Queixar-se ao Provedor de Justiça?
2- A Tecnoforma, empresa onde comprovadamente trabalhou, foi a principal financiadora de um tal Centro Português para a Cooperação. Este Centro funcionava nas instalações da Tecnoforma e Passos Coelho foi mesmo, segundo aqui se afirma, o principal executante desta ideia de um dos administradores da empresa.
Depois de ter começado a exercer o seu cargo de deputado, em regime deexclusividade, colaborou confessadamente com o referido Centro. Não terá recebido remuneração alguma como resultado dessa sua colaboração. Apenas terá sido ressarcido das despesas que, enquanto conselheiro em regime pro bono, efectuou ao serviço desse Centro. Não sabemos que despesas, qual o montante nem há documentação oficial que comprove o que quer que seja de toda esta embrulhada. Na aparência, estamos perante um Centro, no mínimo, fiscalmente periférico.
Nem ficou, sobretudo, claro por que razão, a que título (para quê?!) um deputado da Nação deixa a Tecnoforma e passa a colaborar tão afanosamente com um Centro Português para a Cooperação, surgido da inicativa exclusiva da empresa onde trabalhou até ser eleito e por ele impulsionado. É um novo conceito fiscal: trabalho em regime de ressarcimento.
Tal como Passos Coelho, resta-nos então ficar surpreendidos, assegurarmo-nos indignados e ficarmos todos descansados porque nada irá ser feito para distorcer factos tão torcidos.
Ou então, se não queremos continuar a deixar que façam de nós parvos, teremos todos de dar um valente murro colectivo na mesa.
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