Aviões dos Estados Unidos começam a atacar Estado Islâmico na Síria
William Lewis, Reuters
Pela primeira vez desde o início do conflito com o Estado Islâmico, os aviões norte-americanos atacaram os jihadistas em território sírio. A ação conta com o apoio de vários países árabes, não tendo até ao momento sido referida qualquer participação de nações europeias. O Governo sírio confirmou que tinha sido previamente informado do ataque.
A ofensiva internacional atacou diferentes zonas controladas pelos jihadistas na Síria e junto à fronteira com o Iraque. O ataque visou especialmente armazéns de armamento, locais de treino, de apoio, pontos de controlo e alguns edifícios ocupados por líderes do Estado Islâmico. Foram também atacadas posições do Al-Nusra, ramo sírio da Al Qaeda.
A ofensiva foi lançada a partir de navios de guerra, estrategicamente colocados no Mar Vermelho e no Golfo Pérsico. Os ataques tiveram início perto das 23h30 em Lisboa e atingiram várias províncias sírias e zonas próximas da fronteira com o Iraque.
A operação internacional ainda se encontra em curso, motivo pelo qual pouca informação tem sido oficialmente divulgada pelo Pentágono. O contra-almirante John Kirby confirmou a operação realizada pelos EUA e por "nações parceiras" em território sírio. Kirby anunciou ainda terem sido utilizados caças, bombardeiros e mísseis Tomahawk.
Fontes anónimas, próximas do Pentágono, indicam que a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, a Jordânia, o Qatar e o Bahrein estão envolvidos na operação. A Jordânia já confirmou que participa nesta ofensiva. Até ao momento, não foi referida a participação de qualquer nação europeia. A NATO já negou qualquer envolvimento, tal como a Inglaterra, que está ainda a analisar a possibilidade de participar nos ataques aéreos.Uma nova frente de combate
Com este ataque, fica aberta mais uma frente de combate às forças do Estado Islâmico e aquela que será uma das mais importantes. Estima-se que cerca de dois terços dos combatentes do Estado Islâmico se encontrem em território sírio, principalmente na cidade de Raqqa, que foi proclamada como a atual capital do Estado Islâmico na Síria. Ao expandir os ataques para a Síria, a coligação internacional tenta conter a ameaça islâmica no seu próprio bastião.
Só na província de Raqqa foram realizados mais de 20 ataques aéreos, segundo informação divulgada pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos à Associated Press. Os ataques atingiram a própria cidade de Raqqa, mas também as cidades de Tabga, Ein Issa e Tel Abyada, junto à fronteira com a Turquia. O observatório confirma que os ataques vitimaram pelo menos 20 combatentes do Estado Islâmico. Damasco e Moscovo apelam ao respeito pela soberania síria
O Governo de Damasco confirmou que tinha sido previamente informado da realização desta ofensiva internacional. Uma informação transmitida por Washington ao enviado permanente de Damasco nas Nações Unidas, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria.
Em comunicado, o Ministério sírio garante apoiar "qualquer esforço internacional" para combater os jihadistas do Estado Islâmico e o ramo sírio da Al Qaeda. No entanto, insiste na necessidade de ser respeitada a sua soberania nacional e as leis internacionais.
Também a Rússia reagiu à ofensiva dos Estados Unidos. O ministro dos Negócios Estrangeiros considera que os ataques aéreos "violam a soberania da Síria" e contribuem para "destabilizar a situação na região", avança a agência russa Ria Novosti. Moscovo considera que qualquer ação militar num estado soberano deveria ser autorizada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e pelo Governo local.
A possibilidade de atacar as posições jihadistas em território sírio tinha sido já adiantada por Barack Obama, no discurso em que anunciou a estratégia contra o Estado Islâmico, no passado dia 11 de setembro. O Governo de Damasco, apoiado por Moscovo, tinha reagido, referindo que qualquer ataque - sem ser autorizado pelas Nações Unidas ou coordenado com as autoridades sírias - seria interpretado como um ato de agressão e uma violação da soberania síria. No entanto, os EUA tinham eliminado qualquer possibilidade de colaboração direta com Damasco. Oposição Síria saúda ofensiva
A oposição síria já saudou os bombardeamentos realizados pelas forças internacionais e defende a continuação dos ataques até à erradicação completa do Estado Islâmico na Síria. Membros da oposição apelaram para que sejam evitadas baixas civis e para que não seja esquecida a luta contra o regime de Bachar Al-Assad. “Esta guerra não pode ser ganha apenas por meios militares”, considera Hadi al-Bahra, para acrescentar que “é necessária uma estratégia global, que tenha em conta os interesses políticos, económicos e sociais”.
O líder da oposição síria considera que este processo deve ser apoiado pela comunidade internacional, mas que deve ser aplicado pelos sírios.
Para além das posições do Estado Islâmico, foram também atacadas zonas controladas pelo ramo sírio da Al Qaeda. Os ataques foram efetuados de forma isolada pelos Estados Unidos, perto de Alepo, no norte da Síria. Foram mortos mais de 50 combatentes da Al Qaeda, segundo os dados fornecidos pelo Observatório Sírio dos Direitos do Homem à AFP. Os bombardeamentos norte-americanos causaram ainda a morte de oito civis, entre os quais três crianças.
A ofensiva foi lançada a partir de navios de guerra, estrategicamente colocados no Mar Vermelho e no Golfo Pérsico. Os ataques tiveram início perto das 23h30 em Lisboa e atingiram várias províncias sírias e zonas próximas da fronteira com o Iraque.
A operação internacional ainda se encontra em curso, motivo pelo qual pouca informação tem sido oficialmente divulgada pelo Pentágono. O contra-almirante John Kirby confirmou a operação realizada pelos EUA e por "nações parceiras" em território sírio. Kirby anunciou ainda terem sido utilizados caças, bombardeiros e mísseis Tomahawk.
Fontes anónimas, próximas do Pentágono, indicam que a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, a Jordânia, o Qatar e o Bahrein estão envolvidos na operação. A Jordânia já confirmou que participa nesta ofensiva. Até ao momento, não foi referida a participação de qualquer nação europeia. A NATO já negou qualquer envolvimento, tal como a Inglaterra, que está ainda a analisar a possibilidade de participar nos ataques aéreos.Uma nova frente de combate
Com este ataque, fica aberta mais uma frente de combate às forças do Estado Islâmico e aquela que será uma das mais importantes. Estima-se que cerca de dois terços dos combatentes do Estado Islâmico se encontrem em território sírio, principalmente na cidade de Raqqa, que foi proclamada como a atual capital do Estado Islâmico na Síria. Ao expandir os ataques para a Síria, a coligação internacional tenta conter a ameaça islâmica no seu próprio bastião.
Só na província de Raqqa foram realizados mais de 20 ataques aéreos, segundo informação divulgada pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos à Associated Press. Os ataques atingiram a própria cidade de Raqqa, mas também as cidades de Tabga, Ein Issa e Tel Abyada, junto à fronteira com a Turquia. O observatório confirma que os ataques vitimaram pelo menos 20 combatentes do Estado Islâmico. Damasco e Moscovo apelam ao respeito pela soberania síria
O Governo de Damasco confirmou que tinha sido previamente informado da realização desta ofensiva internacional. Uma informação transmitida por Washington ao enviado permanente de Damasco nas Nações Unidas, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria.
Em comunicado, o Ministério sírio garante apoiar "qualquer esforço internacional" para combater os jihadistas do Estado Islâmico e o ramo sírio da Al Qaeda. No entanto, insiste na necessidade de ser respeitada a sua soberania nacional e as leis internacionais.
Também a Rússia reagiu à ofensiva dos Estados Unidos. O ministro dos Negócios Estrangeiros considera que os ataques aéreos "violam a soberania da Síria" e contribuem para "destabilizar a situação na região", avança a agência russa Ria Novosti. Moscovo considera que qualquer ação militar num estado soberano deveria ser autorizada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e pelo Governo local.
A possibilidade de atacar as posições jihadistas em território sírio tinha sido já adiantada por Barack Obama, no discurso em que anunciou a estratégia contra o Estado Islâmico, no passado dia 11 de setembro. O Governo de Damasco, apoiado por Moscovo, tinha reagido, referindo que qualquer ataque - sem ser autorizado pelas Nações Unidas ou coordenado com as autoridades sírias - seria interpretado como um ato de agressão e uma violação da soberania síria. No entanto, os EUA tinham eliminado qualquer possibilidade de colaboração direta com Damasco. Oposição Síria saúda ofensiva
A oposição síria já saudou os bombardeamentos realizados pelas forças internacionais e defende a continuação dos ataques até à erradicação completa do Estado Islâmico na Síria. Membros da oposição apelaram para que sejam evitadas baixas civis e para que não seja esquecida a luta contra o regime de Bachar Al-Assad. “Esta guerra não pode ser ganha apenas por meios militares”, considera Hadi al-Bahra, para acrescentar que “é necessária uma estratégia global, que tenha em conta os interesses políticos, económicos e sociais”.
O líder da oposição síria considera que este processo deve ser apoiado pela comunidade internacional, mas que deve ser aplicado pelos sírios.
Para além das posições do Estado Islâmico, foram também atacadas zonas controladas pelo ramo sírio da Al Qaeda. Os ataques foram efetuados de forma isolada pelos Estados Unidos, perto de Alepo, no norte da Síria. Foram mortos mais de 50 combatentes da Al Qaeda, segundo os dados fornecidos pelo Observatório Sírio dos Direitos do Homem à AFP. Os bombardeamentos norte-americanos causaram ainda a morte de oito civis, entre os quais três crianças.
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