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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

5 tecnologias essenciais que um dia foram combatidas tecnologiascombatidas Você já reparou que a humanidade tem o costume milenar de combater todo tipo de inovação tecnológica?

5 tecnologias essenciais que um dia foram combatidas

tecnologiascombatidas
Você já reparou que a humanidade tem o costume milenar de combater todo tipo de inovação tecnológica? Na cultura ocidental esse pessimismo foi imortalizado através de mitos como o rebelde Prometeu, que ousou desafiar Zeus e restaurar o uso do fogo pela humanidade, o destemido Ícaro que voou perto demais do sol, e a maçã proibida do Jardim do Éden. Felizmente a realidade tem o costume de nos mostrar que exagerar no medo da tecnologia é uma grande besteira.
Desde os tempos das cavernas, quando era importante ter medo da novidade (cada barulho poderia ser o desabamento da caverna ou a chegada de um predador), até os dias de hoje, onde é importante ter medo do medo da novidade, quantas tecnologias provocaram uma reação que agora nos parece risível? É isso que eu quero ajudá-los a descobrir nessa lista das 5 tecnologias essenciais que um dia foram combatidas:

1. Sócrates achava que a palavra escrita emburrecia as pessoas


Platão nos conta um diálogo que Sócrates teria tido com seu chamego Fedro, mancebo provocante e instigador. Flerta daqui, xaveca dali, Fedro o convence a discursar sobre diversos assuntos, entre outros a invenção da escrita. Sócrates fala então de quando o deus egípcio Thoth ofereceu diversas artes novas ao rei Thamuz, que morava em Tebas (atual Luxor, onde Napoleão “ganhou de presente” o obelisco da Place de la Concorde), e uma dessas artes era a palavra escrita. Orgulhoso de seus inventos, Thoth afirma entusiasmado que a escrita ajudaria os egípcios pois:
“Esta arte, caro rei, tornará os egípcios mais sábios e lhes fortalecerá a memória; portanto, com a escrita inventei um grande auxiliar para a memória e a sabedoria.”
Ao invés de agradecer, o desgramento do rei responde:
“…tu não inventastes um auxiliar para a memória, mas apenas para a recordação. Transmites para teus alunos uma aparência de sabedoria, e não a verdade, pois eles recebem muitas informações sem instrução e se consideram homens de grande saber, embora sejam ignorantes na maior parte dos assuntos. Em conseqüência, serão desagradáveis companheiros, tornar-se-ão sábios imaginários ao invés de verdadeiros sábios.”

Fedro, a velhice amoleceu minha antiga rigidez intelectual.
Entendeu? Se você aprender algo em um livro, nada terás aprendido jovem gafanhoto, é preciso um professor com uma licença de filósofo falante auferida em três vias de cartório para poder haver REAL ENSINO™. Fora do discurso dialético patenteado pelos gregos, nada funciona como método de busca de conhecimento. Sócrates (e Platão que também defendeu essa tese) erraram o gol por algumas centenas de kilômetros, pois como sabemos a escrita é usada por 84% dos humanos com mais de 15 anos, e foi evoluída até chegar em seu ápice, o MIgUxXxEixXx…….

2. A socialite desprezada porque não queria comer com as mãos

Ainda hoje nos países árabes (e na Índia) é muito comum comer com as mãos, e os costumes se estabeleceram na especialização da mão direita para comer, apertar mãos e escrever. Esta mão deve sempre estar limpa, pois entrará em contato direto com a comida que todos partilharão. A mão esquerda… ela é considerada suja, porque a ela restam todas as outras tarefas. Pobre mão esquerda.
Leia esse livro, sério.
Subitamente o título deste livro ganha uma nova e insalubre conotação.
Hoje sabemos que esse costume não basta, afinal os germes e os vírus estão por toda parte. Mas as pessoas na Europa medieval não sabiam disso, e comiam felizes com as mãos, sem se importar muito com qual, onde e quando.
Todo mundo comia com as mãos, beleza? Era aquela lambança divertida, dedões sendo lambidos e chupados com gosto e as línguas estalando no céu da boca numa sinfonia de glutões. Por volta do ano 1000, schlurps e nhacseram a norma em qualquer mesa na Europa, do nobre ao lacaio. A diferença era na qualidade do pano de limpar as mãos, e se a roupa seria lavada ou não depois de cada orgia alimentícia.
Até a chegada de uma riquinha chamada Maria Argyropoulina, sobrinha do Imperador Basil II de Bizâncio, que se mudou para Veneza ao se casar com Giovanni, filho do Doge (espécie de presidente de cada república italiana) desta cidade, Pietro Orseolo II. De cara, ela não causou boa impressão com seus modos educados e sofisticados, onde já se viu? Mas o que realmente sacramentou a opinião pública contra a socialite foi o par de talheres pontiagudos que ela usava para cutucar a comida e levá-la até sua boca. Ultraje!

Me passa esse treco aqui, esposa!

“Porque não ouvi a vovó, os italianos são uns selvagens invejosos!”
No Oriente Médio e no Império Bizantino, o garfo já vinha sendo usado desde o século VII pela nobreza, e no século X era popular entre as famílias abastadas dessas regiões. Mas na Europa somente a faca tinha lugar na mesa. Portanto podemos imaginar o escândalo que foi chegar aquela metida a besta, quero dizer, aquela pessoa phyna e começar a usar um prolongador para evitar o contato direto com a comida, provavelmente fazendo cara de nojinho.
Apesar da inovação higiênica, Maria morreu contaminada pela praga dois anos depois, ironia fatal. Para alguns padres, foi uma ação direta de Deus reprovando o uso de tais instrumentos do demônio. Deus teria parado de cuidar de seus afazeres atemporais, deixado de lado a administração do universo e de Todas As Coisas Existentes, para dar uma lição nesta agressora de sagrados dogmas. Segundo São Pedro Damião:
“Deus na Sua sabedoria providenciou o homem com garfos naturais – seus dedos. Dessa maneira é um insulto a Ele substituí-los por artificiais garfos metálicos na hora de comer.”

Sapiência e benevolência.

Não deixo essa estrangeira garfar a atenção da glr!
Que sapiência, que elucubração iluminada, deve ser por isso que foi canonizado.
O garfo levou mais alguns séculos para se tornar popular entre os italianos, e somente com a chegada de Maria de Médicis na França, para se tornar a rainha chifruda e se casar com Henrique II, é que ele foi introduzido nas cortes francesas. No século XVII as pessoas levavam garfos e facas consigo para quando precisassem deles na hora de comer, e por isso a cutelaria se tornou um símbolo de status. Luís XIV foi talvez o maior responsável pela tortura que se tornou a etiqueta à mesa, antes da chegada da nossa santa salvadora Danuza Leão. Agora a gente pode comer com o garfo na mão direita, que é chique descontraído.

3. O escriba que odiava a impressão de livros


A luz me incomoda então deixo a cortina fechada.

Malditos livros e seu acesso ao conhecimento e ao iluminismo.
Apesar da escrita ter sobrevivido aos resmungos de Platão Sócrates, não era moleza escrever em lápides de mármore. O papiro vinha do longínquo Egito para a Europa e os pergaminhos de couro eram caros e matavam os animaizinhos bonitinhos. Foi preciso esperar até o século XIII para o papel chegar de caravana da China, através do Oriente Médio, nas Oropa. Ufa!
Nessa época a educação era para poucos (como hoje em dia no trânsito carioca) e 99% da população ativa era condenada diariamente ao pesado trabalho na roça. O poder se concentrava ao redor dos senhores da guerra (os nobres) e os porteiros do paraíso (a igreja), que também eram os únicos com motivação, tempo e dinheiro para acumular os caríssimos e pesados tomos de conhecimento. Assim os monges dos grandes centros cristãos aprendiam a copiar os tratados de filosofia e teologia, garantindo a preservação e a passagem dos clássicos da antiguidade.
Sugiro os omeletes da Mère Poulard e o carneiro do pré-salé.
Biblioteca pública medieval à prova d’água e com sistema anti-ingleses.
Muito obrigado padres, apesar da igreja ter recebido muito bem pelos serviços. Mas não descansem muito tempo sobre seus traseiros! Um ourives alemão, morador da bela cidade de Estrasburgo, no meio do século XV inventou o aparelho mais influente do segundo milênio; não estou falando de nenhum instrumento de tortura medieval, e sim de Johannes Gutenberg e sua prensa de tipos móveis. Engraçado que em inglês fica mais impressionante, printing press, em português parece imprensa e ninguém sabe direito do que se está falando. Enfim, o barangandã que imprime livros idênticos em série e em grandes quantidades.
Os escribas subitamente não tinham mais emprego garantido, e até a igreja passou a imprimir indulgências (os terrenos no céu) nas novas máquinas, então nada mais lógico que algum padre se levantar e mostrar as desvantagens da novidade. Xará contemporâneo e patrício de Gutenberg, o monge escriba Johannes Trithemius escreveu o mimimi “De laude scriptorum manualium” (Elogio aos Escribas), onde lembrava a todos que:
“[O escritor,] enquanto está escrevendo sobre bons assuntos, de algum modo é introduzido através do ato de escrever no conhecimento dos mistérios e grandemente iluminado na sua mais recôndita alma; pois esses assuntos que escrevemos imprimimos mais firmemente na memória… Enquanto ele está ruminando sobre as Escrituras ele é frequentemente inflamado por elas.”
De bouas, ralando aqui pra receber em dobro no céu, kkkkkkkk!
Isso lembra o discurso de algum filósofo grego sentado embaixo de alguma árvore? Ironicamente, tudo isso precisou ser IMPRESSO NUM LIVRO para que outras pessoas lessem sobre a desvantagem da impressão de livros. O monge seguia dizendo que o esforço desumano de copiar livros gigantescos ajudava a construir e endurecer o bom caráter dos monges, que de outra maneira não teriam p. nenhuma para fazer e todos sabem que o ócio é o playground do Tinhoso. Ademais, as letras escritas à mão eram mais bonitas, os livros impressos eram difíceis de achar, blá blá blá, se ferrou capelão, hoje em dia a escrita é apenas uma arte hipster realizada em molesquines ou uma forma de punição para o Bart Simpson.
O LIVRO GANHOU, graças a Deusenberg.
Minha mãe fabricava vinho.
Like a boss.

 4. A revista Nature publicou um artigo contra a eletricidade em 1889

Fique longe!
Risco de Shock de Monstro.
Sabe esse Exemplo de Seriedade que é a revista Nature? Pois é, nada mais vanguardamente iconoclasta do que atacar uma das torres de marfim da ciência sob um ângulo privilegiado: o das previsões que falharam espetacularmente. O homem não é perfeito, nem mesmo os articulistas aprovados pelo conselho editorial da Nature, e o artigo “A Vingança da Natureza contra a Engenhosidade” de  Charles Hallock, na edição de novembro de 1889, prova isso. Não é um artigo apenas contra a eletricidade, é praticamente uma condenação da inovação, uma maldição à engenhosidade humana. Veja por si mesmo(a):
“A natureza sempre foi muito liberal e beneficente com a raça humana. (…) Nada ficava a desejar. (…) Mas, com o aumento do conhecimento que seguiu-se À Queda, surgiram desejos incontroláveis; e esse desejo insaciado é a punição fixada pela desobediência primitiva. (…) Desde o começo o objetivo constante do homem foi o de neutralizar essa punição, e restaurar através de seu próprio esforço aquela condição imaculada e abençoada de quando o contentamento não deixava nada mais a ser desejado.”
Se a punição veio depois do pecado original, o objetivo do homem não seria o pecado, ao invés da neutralização da punição?
Um fundamentalista religioso hoje escreveria de forma menos erudita, mas certamente aplaudiria esses argh-jumentos. Ler isso em uma revista que deveria ESTIMULAR a indagação, que certamente não abriga em seu bojo conceitual o contentamento intelectual, é de lascar. O que acontece se você busca solucionar problemas econômicos através de inovações tecnológicas?
“(…) novas punições e angústias persistentemente e inexoravelmente seguem cada nova invenção (…). Súbitas calamidades e novas doenças não apenas surgem diante dos olhos, mas são originadas pelas novas engenhocas que foram inicialmente vistas como benefícios e maravilhosos aperfeiçoamentos. (…) locomoção rápida envolve fatalidades, inventos mecânicos para diminuir o esforço do trabalho empobrecem multitudes enquanto beneficiam apenas uma pequena parcela; e não somente os inventos econômicos, como também os dispositivos estéticos exercem uma influência reflexiva sobre a saúde e o conforto daqueles que os utilizam. O mundo da moda torna-se o vestíbulo do cemitério.”
Vestíbulo do cemitério? QUE QUE CÊ TÁ FALANDO CARA, poderia ser mais claro?
“De fato, pode ser afirmado como um postulado, em princípios gerais, que a relação é de 100 malefícios para cada benefício conquistado pelas invenções humanas.”
[Sai da sala, faz um café. Observa as montanhas ao longe, pensando no passado e no futuro. Volta para o computador.]

Fala isso não broder.

Quer dizer que foi tudo uma grande ilusão? Adeus, tecnologias.
Errrrrrr. Continuando.
“Mas o trabalho progressivo do homem não está apenas destruindo a si mesmo, mas está acelerando a destruição da Terra, com cujo destino final a humanidade está comumente envolvida, de acordo com as escrituras. (…) assim que o seu esforço for corado com sucesso, a destruição do mundo não é mais uma questão de séculos, mas de anos.”
Destruição demorada essa hein? Faltou aceleração, talvez? Qual é a diferença desse argumento para o atual apocalipse dos gases de efeito estufa? Nenhuma. Faz sentido, afinal a reciclagem é um dos princípios mal utilizados pelo ambientalismo apocalíptico. Carlinhos Mal-Humorado finalmente explica porque está tão preocupado com o futuro da humanidade:
“Atualmente nosso mais perigoso animal de estimação é a eletricidade – no telégrafo, na lâmpada de rua e no telefone. Introduzimos a energia elétrica nas nas mais simples indústrias domésticas (…) como uma teia em volta de nossa moradia, e preenchemos nossa atmosfera com os filamentos da morte.” Bom nome pra banda de trash-punk-metal, FILAMENTOS DA MORTE. “O público declama que a luz elétrica não é essencial ao bem estar social. Não é uma necessidade mas um luxo. Abolindo-a reduzimos consideravelmente o perigo.”
Qual perigo, Carlinhos decidiu não explicar, mas se formos acreditar nele, a eletricidade é uma Shelob que convidamos a morar com a gente.

A rede elétrica me pegou.

Vítima da eletricidade.
“O telefone é o mais perigoso de todos pois entra em cada moradia. Sua interminável rede de fios é uma ameaça perpétua à vida e à propriedade. No seu melhor papel é apenas uma conveniência. Nunca foi uma necessidade.”
O que dizer, já que estou escrevendo em um computador, para publicar na internet?

5. A revista Scientific American publicou em 1859 um artigo contra o jogo de xadrez


Tecnofobia xadrez 4

Mais uma vítima do xadrez desregulamentado.
Eu tento me preparar para todos os tipos de absurdos, mas admito que esse ataque foi inusitado demais. Aparentemente tudo começou com a vitória de um americano chamado Paul Morphy em um torneio disputado com mestres enxadristas europeus. Houve uma turnê de reconhecimento ao feito, e ele foi tratado como hoje são tratados os ganhadores de medalhas olímpicas: recepções, feiras e banquetes. Se o caso parasse por aí não haveria consequências, mas algo sinistro estava acontecendo… Os jovens americanos estavam, segurem-me senão vou desmaiar, ficando viciados em xadrez:
“(…) uma perniciosa excitação de aprender e jogar xadrez se espalhou por todo o país, e numeroso clubes para a prática deste jogo se formaram em cidades e vilas.”OH, QUE HORROR! Até nas pobres vilas??? “Porque deveríamos lamentar isso?”Não sei, me conta!!! “Xadrez é um mero passatempo de caráter deveras inferior, que rouba valioso tempo da mente que poderia de outro modo ser consacrado a mais nobres conquistas, ao mesmo tempo que não oferece nenhum benefício ao corpo.”
Hmmm… Somente isso, um divertimento inútil? Tipo ouvir funk ostentação? Mas e todo aquele papo de ajudar na memória e no pensamento estratégico, Napoleão que o diga?

Você não tem mais peças de roupa para apostar, gatchenha.

STRIP CHESS!!!!
“Essas opiniões são, na nossa opinião, extremamente errôneas. Napoleão o Grande, que tinha uma grande paixão por xadrez, era frequentemente vencido por um rude merceeiro em Santa Helena. Nem Shakspeare (sic), Milton, Newton, nem qualquer outro dos Grandes da terra, adquiriram proficiência no jogo de xadrez. Aqueles que se tornaram os mais renomados jogadores parecem ter sido dotados de uma peculiar faculdade intuitiva de fazer os movimentos certos, ao mesmo tempo que possuem faculdades muito ordinárias para outros propósitos.”
OUCH! Uma pessoal genial então tem que ser horrível em xadrez, estou entendendo a causalidade. Para colocar uns arrebites de platina a mais no caixão desse jogo fedorento, a revista nos avisa as consequências, ou deveríamos dizer, a FALTA de consequências da prática do xadrez:
“Um jogo de xadrez não adiciona um único fato novo à mente; não estimula um único pensamento bonito; não serve a nenhum propósito para polir e aperfeiçoar as nobres faculdades. Pessoas engajadas em ocupações sedentárias não deveriam nunca praticar esse triste jogo; elas requerem exercícios ao ar livre para a recreação – não essa forma de esgrima mental. (…) Melhor deixá-los dançar, cantar, jogar bola, fazer ginástica, vagar pelos bosques ou pela beira do mar, que jogar xadrez.”

Uma metáfora ao comportamento do enxadrista. Que também é burro, se você não entendeu.

Peão é um bicho burro mesmo.
Você quase me convenceu, estou quase desistindo de instalar aquele xadrez animado, onde o rei degola os peões, o cavalo atropela o bispo, etc.
“Um jovem gentil-homem de nosso conhecimento, que veio a adquirir uma certa habilidade como jogador, recentemente empurrou para longe o tabuleiro de xadrez após um jogo, declarando: Já gastei muito tempo nisso; não aguento mais jogar; esse foi a minha última partida. Recomendamos essa resolução a todos que tolamente se deixaram levar pela presente febre do xadrez, pois habilidade neste jogo não é uma conquista nem útil, nem graciosa.”
Pronto, depois de me contar sobre esse caso isolado, anônimo e anedótico, você me convenceu de forma científica e definitiva da necessidade premente de abandonar o vício de tão vil passatempo.

Nego não se decide.

Mais tarde seria o contrário: xadrez: BOM; dançar: RUIM.

spotniks.com

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