Deputado filma ministra, publica no Facebook e 'abre' guerra
A audição da ministra da Justiça ontem no Parlamento, motivou esta quarta-feira uma acesa discussão e levou até a um pedido à Comissão de Ética e cidadania. Tudo porque o deputado socialista José Magalhães filmou, com o seu iPad e publicou no Facebook, a intervenção de Paula Teixeira da Cruz.
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É que Magalhães filmou a intervenção de Paula Texeira da Cruz, considerando uma deputada do CDS que esta, apesar de filmada pela televisão da Assembleia da República, põe em em causa a reserva à intimidade e o direito à imagem.
Hoje, depois de Magalhães se ter referido a Teresa Anjinho como tendo uma “timidez suave” e pretender ser tratada “com ternura e carinho”, vários deputados consideraram a declaração do socialista sexista, tendo levado inclusivamente o presidente da Comissão Parlamentar, Fernando Negrão, a chamar à razão Magalhães pela utilização de linguagem que categorizou como sendo “insultuosa e sexista”.
Entretanto, Anjinho já terá remetido um pedido de parecer à comissão de ética e cidadania, para averiguar estas declarações, algo que Magalhães considerou um “excesso de sensibilidade”.
“Sabemos que estamos a ser filmados pela ARTV, mas outra coisa é sermos filmados sem estarmos a contar e por pessoas que não estão credenciadas. Há limites para a liberdade, a liberdade acaba quando começa a do outro”, justificou ao Público a deputada. “Vou pedir um parecer à comissão de ética. Isto tem de ser esclarecido”, acrescentou à mesma publicação.
José Magalhães contesta este caso e considera-se no direito de poder filmar com o seu iPad intervenções dos deputados.
“Se os deputados aceitarem essa automutilação na liberdade de expressão, estão a dar um mau exemplo”, afirmou ao Público, considerando que chega a ser "ridículo" não poder usar as imagens tiradas por si próprio e poder usar as da ARTV para o mesmo fim. "Então se descrevesse o que disse a deputada e comentasse no Facebook já podia?", questionou.
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