DÉCIMAS, POR MATIAS JOSÉ
MOTE
Dizem ser um mentiroso
Promete o que não pode dar…
Só pensa nele, o ganancioso,
E a todos pretende enganar!
Glosas
É assim um chico esperto
Camaleão da sociedade,
Desdiz com muita à vontade
O que apregoava ser certo.
Sem ter longe nem perto
Muda o discurso manhoso,
Quem lhe parece duvidoso
Não hesita e joga sujo…
Esse demagogo sabujo
Dizem ser um mentiroso!
A ninguém admite critica
Na sua infinita sabedoria,
Em nome da democracia
Há quem lhe chame política.
Por ser uma característica
Esse constante bajular,
Muitos se deixam endrominar
Com o bacalhau a pataco…
Junta tudo no mesmo saco,
Promete o que não pode dar!
No centro das atenções
Recebe elogios e graças,
Depois de várias chalaças
E outras tantas bendições.
Diz-se senhor das redenções
Em seu discurso pomposo,
Esconde o lado asqueroso
Este mestre do disfarce…
Perante algum impasse
Só pensa nele, o ganancioso!
Crê ter seguro o poder
Imune aos seus opositores,
Pra tanto basta uns favores
A quem lhe queira obedecer.
Depressa dá em esquecer
Que a situação pode mudar,
Deixa-se então desmascarar
Quando ele menos espera…
Já ninguém o considera,
E a todos pretende enganar!
Matias José
wwwpoetanarquista.blogspot.pt
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