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sábado, 20 de setembro de 2014

Polícias secretas que já existiram no mundo

 Polícias secretas que já existiram no mundo

As forças policiais estão aí para garantir o bem-estar e a segurança da população — bem, pelo menos é isso que esperamos delas, não é mesmo? No entanto, ao longo da História diversas corporações secretas foram surgindo paralelamente às instituições responsáveis por aplicar a lei, e muitas delas ganharam uma péssima fama devido ao seu envolvimento com assassinatos, torturas, corrupção e muito abuso de poder.

1 – Agentes in Rebus

Esta organização nasceu em Roma em meados do século 3 d.C., e seus integrantes tinham como principal atividade na época agir como mensageiros e informantes a serviço do Império. No entanto, com o passar do tempo os agentes foram ganhando cada vez mais poder e, como costuma ocorrer nesses casos, abusar dele, muitas vezes a mando do próprio imperador.
Os Agentes in Rebus se tornaram figuras bastante temidas, principalmente por sua presença em todos os cantos do Império Romano. Contudo, o próprio poder que os membros acumularam foi o que provocou sua queda, já que os imperadores, assustados com o domínio que esses homens exerciam, acabaram forçando os agentes a retornar às suas atividades como simples mensageiros até que o grupo se dissipou completamente por volta do século 7.

2 – Jinyiwei

Os Jinyiwei surgiram durante a Dinastia Ming na China — em meados do século 13 — e exerciam a função de guarda-costas do imperador, garantindo que nenhum inimigo tomasse o trono. Contudo, apenas uma década após a sua formação, o grupo se debandou, sendo novamente reorganizando no início do século 14 a pedido de Zhu Di, um “usurpador” que temia a revolta do povo.
Di então concedeu aos Jinyiwei o poder de perseguir qualquer pessoa que ameaçasse seu governo, incluindo nobres e integrantes da família imperial. O grupo logo se transformou em uma força militar composta por milhares de integrantes que interrogavam e torturavam supostos criminosos ou rebeldes.
Um dos episódios mais sangrentos relacionados com os Jinyiwei ocorreu quando um general foi incriminado por traição e, além de ele ter sido executado, outras 15 mil pessoas foram assassinadas sob a acusação de estarem envolvidas no caso. No entanto, acredita-se que a maioria das vítimas eram pessoas das quais os militares simplesmente não gostavam.


3 – Oprichniki

Essa organização foi estabelecida pelo czar Ivan, o Terrível — bem, pelo nome você pode imaginar o quão “gente boa” o monarca era! — no século 16, e seus membros eram responsáveis por torturar e matar qualquer um que se impusesse no caminho do governante. Os Oprichniki atuaram durante aproximadamente 7 anos e instauraram um reino de terror que resultou na morte de milhares de pessoas, muitas delas inocentes.
Os integrantes do grupo se vestiam com mantos negros e seus símbolos eram uma cabeça de cachorro — que representava a lealdade — e uma vassoura (que significava a “limpeza” dos inimigos do czar), e um dos episódios mais sinistros de sua história foi o Massacre de Novgorod, em 1570.
Com medo de que ocorresse uma rebelião na cidade, Ivan, o Terrível marchou com seus oprichniki até Novgorod e iniciou uma série de julgamentos falsos, torturas violentas e assassinatos brutais que duraram várias semanas. Como resultado, milhares de inocentes pereceram, e a cidade, que um dia havia sido grande e próspera, foi deixada em ruínas.

4 – Frumentarii

Os Frumentarii surgiram em Roma no século 2 e possivelmente foram a primeira polícia secreta da História. Eles antecederam os Agentes in Rebus — que descrevemos no item 1 —, e eram responsáveis por espionar a nobreza, militares e qualquer outra pessoa que lhes fosse de algum interesse.
Com o tempo, os integrantes da organização foram ganhando cada vez mais poder, e frequentemente acusavam a população de crimes inexistentes e cobravam altas propinas. Além disso, os Frumentarii também realizavam assassinatos políticos — a mando dos nobres — e perseguiram os primeiros cristãos sistematicamente. Com isso, a organização passou a ser odiada pelos romanos e, depois de constantes protestos públicos, ela acabou sendo desmantelada.

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