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quarta-feira, 4 de junho de 2014

EM BUSCA DOS ÚLTIMOS REIS DE ÁFRICA - Alfred Weidinger é um fotógrafo austríaco especializado na África e que tem um interesse por pessoas. Mais precisamente, desde de 2012, Alfred buscou com sua câmera os remanescentes das monarquias dos maiores reinados africanos. Essa busca resultou em um conjunto de belos retratos da nobreza Africana do século 21, intitulado “Last Kings of Africa”, Os Últimos Reis da África.

Em Busca dos Últimos Reis da África


Em seu trono, o Fon Ndofoa Zofoa III de Babungo, Província Noroeste, Camarões
(Fotografia: Alfred Weidinger; Reprodução/Internet, AfricanDigital Art).

Alfred Weidinger é um fotógrafo austríaco especializado na África e que tem um interesse por pessoas. Mais precisamente, desde de 2012, Alfred buscou com sua câmera os remanescentes das monarquias dos maiores reinados africanos. Essa busca resultou em um conjunto de belos retratos da nobreza Africana do século 21, entitulado “Last Kings of Africa”, Os Últimos Reis da África.


O Notável do Fo de Bamendjou, Província Oeste, Camarões
(Fotografia: Alfred Weidinger; Reprodução/Internet, AfricanDigital Art).

Yagbongwura Tuntumba Sulemana Jakpa Bore Essa, Rei de Gonja, Damongo, Ghana
(Fotografia: Alfred Weidinger; Reprodução/Internet, AfricanDigital Art).
A composição das fotos é inspirada nas fotografias dos Reis, Chefes e Anciãos africanos tiradas do final do século 19 até o início do século 20. Aquelas fotografias se tornaram mundialmente famosas por terem sido disseminadas em formas de cartões postais e itens colecionáveis. Aquela tendência foi inciada pela curiosidade sobre a África nascida paralelamente ao nascimento do domínio colonial europeu naquele continente e, evidentemente, aquelas fotos carregavam o peso da subjugação da África aos poderes estrangeiros.

Hoje, as fotografias destes monarcas funcionam, sobretudo, como registro de um passado que sobrevive sem o poder político, mas com a força da tradição.

Fo Djomo Kamga de Bandjoun, Província Oeste, Camarões
(Fotografia: Alfred Weidinger; Reprodução/Internet, AfricanDigital Art).

Bissagou Mamadou, Lamido de Mokong, Camarões
(Fotografia: Alfred Weidinger; Reprodução/Internet, AfricanDigital Art).

Bissagou Mamadou, Lamido de Mokong, Camarões
(Fotografia: Alfred Weidinger; Reprodução/Internet, African Digital Art).

Nana Yaw Daani II, Co-Governante do Novo Juaben, Gana
(Fotografia: Alfred Weidinger; Reprodução/Internet, African Digital Art).

Alhadji Isse Tize, Lamido de Mogode, Kapsiki, Camarões
(Fotografia: Alfred Weidinger; Reprodução/Internet, AfricanDigital Art).

Alhadji Isse Tize, Lamido de Mogode, Kapsiki, Camarões
(Fotografia: Alfred Weidinger; Reprodução/Internet, AfricanDigital Art).

Bakary Yerima Bouba Alioum, Lamido de Maroua, Camarões
(Fotografia: Alfred Weidinger; Reprodução/Internet, AfricanDigital Art).

Hoje, a nobreza Africana sobrevive. Atualmente existem cerca de 250 reis tribais na África—um vestígio de uma era passada. Nesta posição, esses líderes preservam suas tradições, e suas sabedorias e poderes ainda são honrados. Ao mesmo tempo em que suas heranças culturais são por eles preservadas, eles se estabelecem enquanto uma ponte entre o passado, presente, e com o futuro. As fotografias de Alfred Weidinger retratam o esplendor e vitalidade destes lendários líderes, cujo legado continua apesar das mudanças dos tempos.

E uma boa notícia para os moradores da cidade de São Paulo. “O Museu Afro Brasil celebrará o dia Internacional da África com duas novas exposições”: “Objetos simbólicos – Casa do Patrimônio de Porto Novo, Benin” e “Espírito da África – Os Reis Africanos”. Sim, a segunda é a exposição dos retratos da nobreza africana feitos por Alfred Weidinger. A exibição no Museu Afro Brasil estreou no último dia 22 e se encerrerá em 3 de agosto de 2014. Visitem a Website do Museu Afrowww.museuafrobrasil.org.br para maiores informações.


Alfred Weidinger
(Reprodução/Internet
Alfred Weidinger. Nascido em 1961. Com formação em História da Arte e Antropologia Clássica pela Universidade de Salzburgo, Alfred Weidinger, em 1992, escreveu sua monografia sobre as paisagens do pintor Gustav Klimt, e sua tese de 1998 abordou os primeiros trabalhos do pintor austríaco Oskar Kokoschka. Ele trabalhou como curador de museus e agências de arte em Viena, e suas pesquisas tiveram foco em belas artes e fotografia nos séculos 20 e 21.
Mas desde 1980 o fotógrafo-acadêmico tem trabalhado com foto-documentário na África onde também realizou uma série de retratos. Ele fotografa tanto digitalmente quanto com filme. Seu último projeto é este belíssimo documentário fotográfico sobre os últimos reis e chefes da África, e para o 50o. aniversário do Massacre de Rechnitz em 2015, Weidinger produziu o documentário “Árpád e Géza”.
Seu perfil no site Fotopedia informa: “Alfred tem um ponto de vista único que combina a qualidade da pintura com uma ênfase humanista nas pessoas que ele fotografa. Ele se especializou em fotojornalismo e fotografia turística. Sua paixão é o preto & branco, assim capturando a beleza do dia a dia. A África é seu continente favorito para a fotografia. Ele trabalha quase que exclusivamente com a Leica, e usa as lentes 50mm e 35mm com mais frequência do que a telefoto. Seu instrumento fotográfico é uma Leica M3-P com Noctilux-M 50mm, 0.95, e uma Leica S2 com lentes de 35 e 70mm”.
Visite a Website de Alfred Weidinger e veja todas as fotos dos nobres africanos. A série completa se encontra também disponível na página do fotógrafo no Flickr

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