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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O NOSSO MUNDO - As albanesas que se vestem (e vivem) como homens – cb_090429_2945 Reportagem fotográfica revela mundo das mulheres que mantêm viva tradição de cinco séculos, assumem papéis masculinos e adotam a virgindade para sempre

As albanesas que se vestem (e vivem) como homens

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Reportagem fotográfica revela mundo das mulheres que mantêm viva tradição de cinco séculos, assumem papéis masculinos e adotam a virgindade para sempre
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O fotógrafo Jill Peters apresenta o fenômeno chamado de “burneshas”: mulheres albanesas que decidiram por iniciativa própria viver como homens, ou que tiveram que assumir essa identidade por mando da família. Elas fazem o voto de virgindade e assumem o papel de homens para o resto de suas vidas. O que costumava ser um uma tradição comum no século 15 ainda permanece vivo em algumas áreas rurais no norte da Albânia.
Jill explica: “A liberdade de votar, dirigir, ter um negócio, ganhar dinheiro, beber, fumar, possuir armas ou vestir calças era tradicionalmente da competência exclusiva dos homens. As meninas eram comumente forçadas ao matrimônio em casamentos arranjados, muitas vezes com homens muito mais velhos de aldeias distantes. Como alternativa, elas poderiam fazer o voto de virgindade, se tornando “burneshas”, o que elevava a mulher à condição de homem e lhe concedia todos os direitos e os privilégios exclusivos da população masculina”.
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“A fim de manifestar a transição, as mulheres deveriam cortar o cabelo, passar a vestir roupas masculinas e às vezes até mudar de nome. As atitudes e os gestos masculinos eram praticados por elas até se tornarem naturais. E o mais importante de tudo: as burneshas deveriam fazer um voto de celibato e permanecer castas por toda a vida. ‘Ela’ se tornava ‘ele’. Esta prática continua até hoje, mas como o avanço da modernização em direção às pequenas aldeias, essa tradição arcaica é cada vez mais vista como obsoleta. Apenas algumas burneshas mais velhas permanecem”.
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Jill também aprendeu que essas mulheres são muito respeitadas em suas comunidades: “Elas possuem uma quantidade indescritível de força e orgulho, além de honrarem a família acima de tudo. Sua transição absoluta é totalmente aceita sem questionamentos pelas pessoas com quem convivem. Mas o mais surpreendente é que elas não se arrependem da escolha que fizeram, apesar dos inúmeros sacrifícios pelos quais passam”.
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