João Esteves foi assassinado à procura de emprego em Londres
Era português, vivia em Lisboa e foi para Londres à procura de emprego. Dormiu no aeroporto de onde foi enviado para um centro de acolhimento que estava cheio. Dormiu na rua e encontrou a morte.
João Esteves tinha 45 anos e vivia em Lisboa. No dia 15 janeiro apanhou um avião no aeroporto da Portela com destino ao aeroporto londrino de Gatwick, esperançoso de ter uma vida melhor, e sem suspeitar que o maior azar da sua vida foi não ter perdido o avião. Morreu quatro dias depois, vítima de violento espancamento nos arredores de Londres.
As circunstâncias do crime ainda não são conhecidas mas a autópsia indica que João Esteves foi agredido com gravidade na cabeça na noite de sábado, relata a agência Lusa. A polícia encontrou-o, num beco de Crawley, uma pequena cidade a 20 km de Londres, às 3h25 de domingo.
Os paramédicos foram chamados de imediato. João ainda foi levado para o Hospital Royal Sussex County, em Brighton. Morreu na tarde de domingo.
João Esteves tinha 45 anos e vivia em Lisboa. No dia 15 janeiro apanhou um avião no aeroporto da Portela com destino ao aeroporto londrino de Gatwick, esperançoso de ter uma vida melhor, e sem suspeitar que o maior azar da sua vida foi não ter perdido o avião. Morreu quatro dias depois, vítima de violento espancamento nos arredores de Londres.
As circunstâncias do crime ainda não são conhecidas mas a autópsia indica que João Esteves foi agredido com gravidade na cabeça na noite de sábado, relata a agência Lusa. A polícia encontrou-o, num beco de Crawley, uma pequena cidade a 20 km de Londres, às 3h25 de domingo.
Os paramédicos foram chamados de imediato. João ainda foi levado para o Hospital Royal Sussex County, em Brighton. Morreu na tarde de domingo.
Conselho fatal do centro de acolhimento
Dois dias depois depois de ter aterrado em Gatwick voltou ao aeroporto à procura de um sítio para dormir, até arranjar dinheiro para comprar um bilhete de regresso.
A polícia e os funcionários do aeroporto acompanharam a situação e, ao verem João preparar-se para ali passar mais uma noite, sugeriram-lhe que se dirigisse a um centro de apoio a pessoas sem-abrigo, em Crawley. Quando lá chegou já era tarde - passava das 22h - e já não havia camas disponíveis.
De acordo com a polícia, citada pela agência Lusa, os funcionários da organização de solidariedade deram uma bebida quente a João, comida e agasalhos. E deram-lhe também o conselho fatal de dormir na rua até o centro reabrir na manhã seguinte.
Dois dias depois depois de ter aterrado em Gatwick voltou ao aeroporto à procura de um sítio para dormir, até arranjar dinheiro para comprar um bilhete de regresso.
A polícia e os funcionários do aeroporto acompanharam a situação e, ao verem João preparar-se para ali passar mais uma noite, sugeriram-lhe que se dirigisse a um centro de apoio a pessoas sem-abrigo, em Crawley. Quando lá chegou já era tarde - passava das 22h - e já não havia camas disponíveis.
De acordo com a polícia, citada pela agência Lusa, os funcionários da organização de solidariedade deram uma bebida quente a João, comida e agasalhos. E deram-lhe também o conselho fatal de dormir na rua até o centro reabrir na manhã seguinte.
"Não era um arruaceiro e nunca lutou com ninguém "
Um comunicado publicado hoje pela polícia de Sussex cita a irmã de João, Margarida Esteves, que diz que o irmão decidiu viajar para o Reino Unido "para tentar encontrar emprego. Não era um arruaceiro e nunca lutou com ninguém.Ele evitaria o confronto e não era um homem violento".
Margarida diz que o irmão fazia "tudo para ajudar as pessoas. Nem posso acreditar que isto esteja a acontecer. As pessoas em Portugal estão em estado de choque e não posso acreditar que ele tenha morrido desta maneira. Nada disto faz sentido".
A morte dele deixou a mãe idosa "destroçada" e sozinha, pois era o filho mais velho e vivia com ela.
Um comunicado publicado hoje pela polícia de Sussex cita a irmã de João, Margarida Esteves, que diz que o irmão decidiu viajar para o Reino Unido "para tentar encontrar emprego. Não era um arruaceiro e nunca lutou com ninguém.Ele evitaria o confronto e não era um homem violento".
Margarida diz que o irmão fazia "tudo para ajudar as pessoas. Nem posso acreditar que isto esteja a acontecer. As pessoas em Portugal estão em estado de choque e não posso acreditar que ele tenha morrido desta maneira. Nada disto faz sentido".
A morte dele deixou a mãe idosa "destroçada" e sozinha, pois era o filho mais velho e vivia com ela.
Britânico de 23 anos vai ser julgado em julho
Daniel Palmer, um cidadão britânico de 23 anos, foi acusado de agredir João Esteves e de lhe provocar ferimentos que lhe haveriam de causar a morte. Um juiz do tribunal da Coroa de Hove - para onde os magistrados de Crawley remeteram o caso na quinta-feira - decidiu hoje que Palmer vai ser julgado no dia 21 de julho.
O procedimento normal dita que os homicídios sejam julgados num tribunal criminal, perante um júri.
A agência Lusa diz que segundo o jornal "Crawley News", "a polícia ainda está a investigar o crime e analisar potenciais provas como in.formação de telemóveis, imagens de videovigilância, fotografias, relatórios patológicos e neuro-patológicos"
Daniel Palmer, um cidadão britânico de 23 anos, foi acusado de agredir João Esteves e de lhe provocar ferimentos que lhe haveriam de causar a morte. Um juiz do tribunal da Coroa de Hove - para onde os magistrados de Crawley remeteram o caso na quinta-feira - decidiu hoje que Palmer vai ser julgado no dia 21 de julho.
O procedimento normal dita que os homicídios sejam julgados num tribunal criminal, perante um júri.
A agência Lusa diz que segundo o jornal "Crawley News", "a polícia ainda está a investigar o crime e analisar potenciais provas como in.formação de telemóveis, imagens de videovigilância, fotografias, relatórios patológicos e neuro-patológicos"
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