Viticultores e agricultores despejaram batatas, couves, fruta, azeitona e até vinho na entrada da Segurança Social de Vila Real, depois de não terem conseguido entrar no edifício num protesto simbólico para pagarem a prestação em géneros.O objectivo da concentração marcada pela Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (AVIDouro) foi alertar para o "elevado custo" da Segurança Social e exigir a anulação das novas medidas fiscais para os pequenos e médios produtores.
Foram cerca de 70 os viticultores e agricultores que se juntaram durante a manhã à porta do Centro Distrital da Segurança Social de Vila Real. Levavam consigo batatas, couves, cebolas, abóboras, feijões, maçãs, laranjas, azeitonas, algumas garrafas de vinho e um coelho.
Nos cartazes que empunhavam podia ler-se "não às novas regras fiscais", "não aos nabos do Governo" ou "demissão".
"Se não temos dinheiro vivo para pagar a Segurança Social, nós queremos pagar a nossa Segurança Social em géneros, com os nossos produtos", afirmou Berta Santos, dirigente da AVIDouro.
Só que os manifestantes foram barrados por um cordão policial que não os deixou entrar no centro distrital e, depois de alguns gritos de protesto contra os agentes da PSP e o director da Segurança Social, a quem chamaram "pequeno ditador", acabaram por despejar no chão os produtos.
Todos os agricultores com actividade comercial vão passar a ser obrigados a declarar o início de actividade. Têm ainda de passar factura de todas as transacções comerciais.
O prazo de inscrição nas Finanças foi sucessivamente prorrogado até 31 de Janeiro.
Agora, passado quase um ano após o lançamento da medida, Berta Santos diz que "já há muitos agricultores que se colectaram e que já estão a cessar actividade porque não aguentam com os impostos e principalmente a pagar a prestação à Segurança Social".
A dirigente usou o exemplo de um viticultor que teve 336 euros de rendimento bruto anual pela venda de vinho do Porto e que tem que pagar 62 por mês à Segurança Social, ou seja, 744 euros por ano.
"Isto é impensável", sublinhou.
Belmira Pinto, viticultora da Galafura, salientou que "os bocadinhos de vinho" que produz não dão "para sobreviver, quanto mais para pagar a Segurança Social".
"Com os remédios, a Segurança Social e estes impostos todos que nos estão a impor temos que deixar ir tudo a monte, não podemos viver com esta situação que estamos a viver", acrescentou.
Manuel Figueiredo deslocou-se de Folgosa do Douro para mostrar ao Governo que aquilo que está a fazer "é um grande roubo".
"Eu, com oito pipas de benefício, fizeram-me coletar porque não me pagavam as cartas de benefício. Já paguei o imposto, que foi uma coisa maluca, e com os produtos a subirem, assim não dá. Vou ter que deixar os prédios a monte, porque assim não se consegue", afirmou.
Margarida Gonçalves empunhou uma bandeira negra para lutar "contra o Governo" porque está a impor leis que "não estão no mapa".
"Isto prejudica-nos em tudo. Tenho dois filhos, um na universidade, e aquilo que colhemos é muito pouco. E do pouco que colhemos, podemos vender ou não e o Governo ainda nos impõe uma lei que nos obriga a pagar 60 e tal euros todos os meses para a Segurança Social", frisou.
O Centro Distrital de Segurança Social de Vila Real esclareceu que os agricultores que produzem para autoconsumo ficam excluídos de pagamento, sendo que o valor dos rendimentos acima do qual deixa de ser considerado autoconsumo foi fixado nos 1676,88 euros, ou seja, quatro vezes o valor do IAS (Indexante de Apoios Sociais). O valor do IAS em 2014 é 419,22 euros.
Foram cerca de 70 os viticultores e agricultores que se juntaram durante a manhã à porta do Centro Distrital da Segurança Social de Vila Real. Levavam consigo batatas, couves, cebolas, abóboras, feijões, maçãs, laranjas, azeitonas, algumas garrafas de vinho e um coelho.
Nos cartazes que empunhavam podia ler-se "não às novas regras fiscais", "não aos nabos do Governo" ou "demissão".
"Se não temos dinheiro vivo para pagar a Segurança Social, nós queremos pagar a nossa Segurança Social em géneros, com os nossos produtos", afirmou Berta Santos, dirigente da AVIDouro.
Só que os manifestantes foram barrados por um cordão policial que não os deixou entrar no centro distrital e, depois de alguns gritos de protesto contra os agentes da PSP e o director da Segurança Social, a quem chamaram "pequeno ditador", acabaram por despejar no chão os produtos.
Todos os agricultores com actividade comercial vão passar a ser obrigados a declarar o início de actividade. Têm ainda de passar factura de todas as transacções comerciais.
O prazo de inscrição nas Finanças foi sucessivamente prorrogado até 31 de Janeiro.
Agora, passado quase um ano após o lançamento da medida, Berta Santos diz que "já há muitos agricultores que se colectaram e que já estão a cessar actividade porque não aguentam com os impostos e principalmente a pagar a prestação à Segurança Social".
A dirigente usou o exemplo de um viticultor que teve 336 euros de rendimento bruto anual pela venda de vinho do Porto e que tem que pagar 62 por mês à Segurança Social, ou seja, 744 euros por ano.
"Isto é impensável", sublinhou.
Belmira Pinto, viticultora da Galafura, salientou que "os bocadinhos de vinho" que produz não dão "para sobreviver, quanto mais para pagar a Segurança Social".
"Com os remédios, a Segurança Social e estes impostos todos que nos estão a impor temos que deixar ir tudo a monte, não podemos viver com esta situação que estamos a viver", acrescentou.
Manuel Figueiredo deslocou-se de Folgosa do Douro para mostrar ao Governo que aquilo que está a fazer "é um grande roubo".
"Eu, com oito pipas de benefício, fizeram-me coletar porque não me pagavam as cartas de benefício. Já paguei o imposto, que foi uma coisa maluca, e com os produtos a subirem, assim não dá. Vou ter que deixar os prédios a monte, porque assim não se consegue", afirmou.
Margarida Gonçalves empunhou uma bandeira negra para lutar "contra o Governo" porque está a impor leis que "não estão no mapa".
"Isto prejudica-nos em tudo. Tenho dois filhos, um na universidade, e aquilo que colhemos é muito pouco. E do pouco que colhemos, podemos vender ou não e o Governo ainda nos impõe uma lei que nos obriga a pagar 60 e tal euros todos os meses para a Segurança Social", frisou.
O Centro Distrital de Segurança Social de Vila Real esclareceu que os agricultores que produzem para autoconsumo ficam excluídos de pagamento, sendo que o valor dos rendimentos acima do qual deixa de ser considerado autoconsumo foi fixado nos 1676,88 euros, ou seja, quatro vezes o valor do IAS (Indexante de Apoios Sociais). O valor do IAS em 2014 é 419,22 euros.
Lusa/SOL
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