Inspecção-geral das Finanças realiza inspecção extraordinária à câmara de Portimão
Inspecção extraordinária incide também sobre a empresa municipal Portimão Urbis
A Câmara de Portimão anunciou hoje que está a ser alvo de uma inspeção extraordinária da Inspeção-Geral de Finanças, que incide também sobre a empresa municipal Portimão Urbis, envolvida num caso judicial que levou à detenção de autarcas e administradores.
Num curto comunicado divulgado hoje, a autarquia algarvia refere que “os objetivos gerais desta inspeção consistem na verificação da atuação dos órgãos municipais nas suas relações com a referida empresa e na análise das respetivas contas entre os anos de 2009 e 2013”.
A Câmara de Portimão adianta ainda que, “para além das deliberações camarárias ou despachos relacionados com a Portimão Urbis, será disponibilizada aos inspetores a relação discriminativa dos contratos-programa celebrados durante aquele período entre as duas entidades e respetiva execução financeira, entre outra documentação”.
O nome da empresa municipal Portimão Urbis esteve em foco em junho de 2013, quando o então vice-presidente da Câmara de Portimão, Luís Carito, e outras quatro pessoas foram detidas no âmbito da investigação que levou a Polícia Judiciária a realizar buscas na autarquia, no final do mandato do executivo do PS liderado por Manuel da Luz.
Luís Carito ficou em prisão preventiva a 21 junho, dia em que o juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, aplicou ao arguido a medida de coação mais gravosa, até que estivessem reunidas as condições legais e técnicas para que pudesse passar a prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, o que aconteceu 05 de julho.
Além de Luís Carito, o vereador da Câmara de Portimão Jorge Campos, o administrador da empresa municipal Portimão Urbis Lélio Branca e os administradores Artur Curado e Luís Marreiros, da empresa Pictures Portugal, também foram detidos por suspeitas de corrupção, administração danosa, branqueamento de capitais e participação económica em negócio.
Os factos em investigação estão relacionados com a atividade e gestão da Portimão Urbis. Luís Carito e Jorge Campos faziam parte, à data dos alegados factos (2011), do seu conselho de administração.
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