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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Médicos do CHAlgarve acusam administração de 'ameaças' e alertam para a falta de material Os médicos do Centro Hospitalar do Algarve (CH Algarve) enviaram hoje uma carta ao conselho de administração daquela unidade de saúde, através da qual alertam para a "degradação" da qualidade do serviço e acusam o próprio presidente,

Médicos do CHAlgarve acusam administração de 'ameaças' e alertam para a falta de material

Os médicos do Centro Hospitalar do Algarve (CH Algarve) enviaram hoje uma carta ao conselho de administração daquela unidade de saúde, através da qual alertam para a "degradação" da qualidade do serviço e acusam o próprio presidente, Pedro Nunes, de fazer "ameaças" e "chantagens" aos médicos quando estes questionam o modelo de gestão da administração.Na missiva de três páginas, a que o SOL teve acesso e que será também enviada ao ministro da Saúde e à comissão parlamentar de Saúde, os 183 médicos especialistas (de um universo de 220) acusam a "forma pouco dialogante e autocrítica" do presidente do conselho de administração, face às queixas dos médicos sobre a falta de material como "seringas, agulhas, luvas e medicamentos".
Segundo os médicos assistentes, os adiamentos "frequentes" de cirurgias programadas "por falta de material cirúrgico" tem levado os utentes da principal unidade hospitalar da região a passar por situações de reinternamento. Os exames complementares, como os de imagiologia, têm sofrido "atrasos inaceitáveis", lê-se ainda na carta enviada à tutela.
Mas há mais críticas. Os profissionais da medicina acusam a administração de "subalternizar todos os serviços hospitalares ao serviço de urgência" quando "não se verifica qualquer melhoria da qualidade deste mesmo serviço de urgência, nomeadamente na Unidade Hospitalar de Portimão, que passa frequentemente por situações ridículas", sem concretizar.
Neste quadro, os médicos apelam a uma "reflexão e tomada de posição no que se refere à actual situação" do Centro Hospitalar do Algarve que resulta da fusão, concretizada há sete meses, dos hospitais de Faro e do Barlavento Algarvio.


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