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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

20 anos de prisão para ex ministro grego que recebeu subornos no negócio dos submarinos O tribunal de Atenas sentenciou Akis Tsochatzopoulos a 20 anos de prisão por branqueamento de capitais. Em causa estão contratos de equipamento militar assinados pelo ex ministro grego da Defesa entre 1997 e 2001, entre os quais o referente à compra de submarinos à Alemanha.

20 anos de prisão para ex ministro grego que recebeu subornos no negócio dos submarinos

O tribunal de Atenas sentenciou Akis Tsochatzopoulos a 20 anos de prisão por branqueamento de capitais. Em causa estão contratos de equipamento militar assinados pelo ex ministro grego da Defesa entre 1997 e 2001, entre os quais o referente à compra de submarinos à Alemanha.

Akis Tsochatzopoulos, ex ministro grego da Defesa.

Após cinco meses de julgamento, ficou provado que Tsochatzopoulos, co fundador do Pasok e ex ministro da Defesa, arrecadou, entre 1996 e 2001, 55 milhões de euros em subornos com contratos de equipamento militar, sobretudo com a compra, à Rússia, de um sistema de defesa de mísseis e a aquisição de quatro submarinos à Alemanha. A pena que lhe foi aplicada refere-se, contudo, apenas ao branqueamento de 6 milhões de euros, já que o político não poderia ser processado por ter aceite subornos, tendo em conta o prazo de prescrição legalmente previsto, e que não é aplicável ao crime de branqueamento.
Após cinco meses de julgamento, o tribunal de Atenas deu ainda como culpadas outras 16 pessoas, envolvidas nesta rede de lavagem de dinheiro proveniente de subornos, entre as quais a ex mulher, a mulher e a filha de Tsochatzopoulos.
O co fundador do Pasok já tinha sido condenado em abril de 2013 a oito anos de prisão, 520.000 euros de multa e à apreensão de uma vivenda de luxo, por não ter justificado a origem dos rendimentos com os quais adquiriu essa propriedade, num esquema considerado “fraudulento” pelo tribunal.
Devido à sua idade, Tsochatzopoulos, de 74 anos, apenas irá cumprir parte da pena.
Os administradores da MAN Ferrostaal, a empresa que subornou Akis Tsochatzopoulos, já tinham confessado ao tribunal alemão ter também destinado luvas a responsáveis políticos em Portugal, mas ninguém foi acusado e muito menos preso no nosso país.

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