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domingo, 9 de junho de 2013


Cavaco para a rua!

As declarações proferidas por Cavaco Silva a atacar a greve convocada por todos os sindicatos dos professores às avaliações de final de ano e ao primeiro dia de exames do 12º ano (greve que ontem se iniciou e que se prolongará, para já, por duas semanas), são uma reles provocação e uma grosseira violação das funções e atribuições constitucionalmente consignadas ao presidente da República.
A greve dos professores foi marcada para tentar impedir a aprovação e aplicação de duas medidas terroristas – o aumento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais e o despedimento colectivo de 15.000 professores – que, para além de dirigidas contra direitos elementares desta classe profissional, significam, se aplicadas, uma dramática degradação da qualidade do ensino e da aprendizagem nas escolas. Estava na mão do governo impedir que a greve se realizasse, bastando para tal abster-se de impor aquelas medidas.
Ora, no próprio dia em que o conselho de ministros se ia reunir para decidir sobre esta matéria e na véspera do dia marcado para o início de uma greve que só avançaria se as referidas medidas fossem aprovadas por aquele órgão, veio o presidente da República insurgir-se publicamente contra os professores, acusando-os de utilizar os alunos como meios para atingir os seus fins.
Para qualquer pessoa minimamente inteligente, quem utilizou os alunos para atingir os seus fins foi o governo, ao aprovar aquelas medidas. Mais uma vez, Cavaco Silva violou os seus deveres constitucionais ao actuar neste caso como representante e porta-voz do governo contra toda uma classe profissional, num momento em que o início da greve dos professores estava dependente de uma decisão do próprio governo.
Há muito que o país deixou de ter um presidente da República, para passar a ter dois chefes de governo. Odiado e acossado pelas massas, o executivo Coelho/Portas vai ser inevitavelmente derrubado. No dia em que isso acontecer, ou talvez antes, Cavaco que se cuide – nem a Senhora de Fátima lhe há-de valer!

Que o silêncio dos justos não mate os inocentes

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