Destruição da Horta do Monte
Por volta das seis horas da manhã, oito elementos da Polícia Municipal (PM) acompanharam os trabalhos camarários de destruição da Horta do Monte, localizada perto do Largo da Graça, em Lisboa. Ainda que o projeto comunitário nunca tenha recebido qualquer notificação formal e legal, a CML decidiu interromper o processo de negociação que tinha sido iniciado, com a marcação de uma reunião, e avançou com a intervenção. As cerca de cinco pessoas, membros do projeto comunitário, que se dirigiram ao local por volta das 7h foram alvo de agressões, sem qualquer justificação, por parte da polícia, segundo relatou a coordenadora da Horta do Monte, Inês Clematis. Entre encontrões e bastonadas, duas pessoas foram detidas e uma foi encaminhada para o hospital com a cabeça partida.
É fantástico o medo que o sistema mostra de ver surgir aoto-organização popular e o nascimento de projetos colectivos que não passem pelo pedido de subsídios ou lambam as botas ao poder. Casas ou terrenos deixados ao abandono durante décadas, passam loga a ter um projeto e uma requalificação se alguém se lembra de os colocar ao serviço da comunidade. Como aconteceu na Escola da Fontinha no Porto, ou agora na Horta do Monte. Os projetos são desalojados á força, o trabalho feito destruído em nome das legalidades e dos procedimentos que criam para travar a ação popular livre e direta. Gostam muito de aparecer nas televisões a defender a cidadania, a necessidade de se possibilitar a participação dos cidadãos, mas só se forem em rebanho, bem direitinhos e a fazer vênias ao poder. P.q.o.P.
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