AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

sábado, 15 de junho de 2013

Milhares de professores na manifestação em Lisboa

Mário Nogueira diz que a única forma de desmarcar greve de segunda-feira é haver recuo do Governo.

Milhares de professores manifestam-se neste sábado, em Lisboa, contra as políticas do Governo na área educativa, especialmente a mobilidade especial e o aumento do horário de trabalho dos docentes. “Será com certeza uma grande manifestação”, disse Mário Nogueira, líder da Fenprof, antes de iniciar a descida da Avenida da Liberdade até aos Restauradores.
João Dias da Silva, líder da Federação Nacional de Educação (FNE), alinha pelo mesmo discurso, falando de uma “grande manifestação de professores”: “No mínimo 50 mil pessoas”, estimou este dirigente sindical.
Já nos Restauradores, Mário Nogueira defendeu que esta manifestação está "ao nível das maiores e a maiores tiveram 100 mil pessoas".
“Os professores deram expressão ao descontentamento em relação a políticas que são inaceitáveis”, acrescentou Dias da Silva, à chegada aos Restauradores.
A greve de segunda-feira, em dia de exames do secundário, está a centrar as atenções deste protesto dos professores. Mário Nogueira disse que espera uma “grande greve” no dia de exame de Português do 12.º ano e Dias da Silva prevê uma “fortíssima adesão”, com base nos contactos que tem feito com professores e estruturas sindicais. “Milhares de alunos” não poderão realizar as provas, estimou Dias da Silva.
Depois de mais uma ronda negocial com o Governo na sexta-feira, ficou tudo na mesma. Nem os sindicatos desconvocaram a greve, nem o Governo alterou a data do exame.
Mário Nogueira repetiu que a única forma de a greve de segunda-feira ser desconvocada é o Governo recuar em três matérias: a mobilidade especial dos professores (que prevê a desvinculação de quem ficar 12 meses sem colocação), a mobilidade interna no sistema de educação (possibilidade de serem colocados a quilómetros de distância) e aumento do horário de trabalho (de 35 para 40 horas semanais).
O líder da Fenprof acusou ainda o ministro Nuno Crato de ser o responsável se algum aluno não puder fazer exame de Português na segunda-feira e disse que o ministro da Educação “deve ser colocado em tribunal” pelas famílias, porque é o responsável, por não ter mudado a data do exame.
Dias da Silva, por sua vez, disse que desde sexta-feira à noite não houve mais contactos com o Governo, mas continua a afirmar-se disponível para o diálogo: "Fomos sempre a jogo na negociação."
Apelos ao entendimento e críticas ao Governo
Em dia de manifestação, o braço de ferro entre professores e Governo está também a marcar a agenda política. Jorge Moreira da Silva, vice-presidente do PSD, fez um apelo "a que seja possível nas próximas 48 horas encontrar uma solução".
“Não estou a pedir que os professores prescindam da defesa dos seus interesses e das suas lutas, mas espero que essa defesa não ponha em causa as legítimas expectativas e o direito dos alunos realizarem os seus exames”, acrescentou, citado pela Lusa, admitindo ter “esperança” que sindicatos e Governo cheguem a um consenso no fim de semana.
Já o líder do PS, António José Seguro, criticou o Governo por não ter alterado o exame de Português para dia 20. "Os professores ofereceram uma solução - a realização dos exames no dia 20 – e o Governo recusou. Eu considero que o Governo é responsável por esta situação”, disse o secretário-geral socialista, em Paris, considerando "errado” o Governo ter rejeitado essa proposta, porque permitiria “que os alunos pudessem realizar os seus exames tranquilamente, como deve ser num Estado de Direito”.

Sem comentários: