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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Recessão Crise Bancária na China

A Rádio alemã Deutschland Rundfunk entrevistou o economista Horst Löchel acerca da crise financeiro que está a ter início na China e que se assemelha à crise que provocou a falência em 2008 do Lehman Bank.
Segundo o jornalista da DR, André Hasting, os bancos chineses estão entre os maiores do Mundo, sendo na totalidade estatais, mas concederam créditos a mais e o mercado interbancário está atualmente nos 25%, o que está a causar um “congelamento” do mesmo e os especialistas chineses da bolsa temem uma queda geral dos títulos cotados.
Horst Löchel – Professor de Finanças da “Frankfurt School of Finnce” responde acerca do que se passa na China:
Na últimas semanas verificou-se um crescimento dramático dos juros do mercado de dinheiro, o que já aconteceu antes, mas desta vez o Banco Central Chinês não interveio como anteriormente com cedências de liquidez. Especula-se muito sobre a razão disso.
Na sua interpretação, o Banco Central Chinês está a dizer aos bancos que não
podem continuar a conceder créditos como até agora.
O nível de créditos concedidos pela banca ultrapassa já os 200% do PIB chinês que representou um crescimento de 120% nos últimos cinco anos que acelerou no último semestre.
Hasting: Mas o BCC não está a brincar com o fogo?
Löchel: Certamente que o BCC está a brincar com o fogo, mas como são bancos estatais pensam que receberão sempre liquidez suficiente do seu banco central, o que está a conduzir a modelos de negócios mal concebidos.
Por isso, o Ministério das Finanças declarou na passada sexta-feira que os bancos devem estar preparados para uma liberalização dos juros e numa economia de mercado preocuparem-se com a sua liquidez que deverá ser sempre suficiente.
Não parece existir o perigo de haver bancos insolventes pois têm a garantia do Estado, mas é certo que o crédito mal parado na China é enorme e muitas empresas não poderão aumentar os seus débitos, devendo mesmo reduzi-los. Há mesmo a possibilidade de e registarem muitas falências com o inerente aumento do desemprego.
A economia mundial está a crescer menos a uns 2 a 3% com especial incidência nos países emergentes que sofreram quebras bolsistas da ordem dos 14%. Na
China o capital estrangeiro não tem afluído em quantidade e acabaram os 30 

anos em que a economia chinesa crescia a 10% ou mais. Os restantes países emergentes cresceram nos últimos 10 a 15 anos a oito a nove por cento ao ano, o que já não acontece.
Nesta semana, os ministros das Finanças da União Europeia estão a debater como devem evitar crises bancárias e financeiras no futuro sem intervenção dos bancos centrais ou dos contribuintes. Está em estudo uma metodologia para obrigar acionistas e prestamistas a garantirem a solvabilidade da banca.
Para a Alemanha o problema pode ser grave dado que a China absorve 6,5% das exportações alemãs e estas já registam quedas nos mercados europeus.
Nota Pessoal: A crise está a chegar a todos, não considerem os estrangeiros melhores que os portugueses.  Por:Dieter Dellinger

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