Eles passaram por inferno dos campos de concentração
No passado dia11 de abril comemrou-se o Dia da libertação dos prisioneiros dos campos fascistas. Esta data foi introduzida pela decisão da ONU em memória da revolta internacional dos prisioneiros do campo de concentração “Buchenwald”.
Há 66 anos, no dia 11 de abril de 1945 os prisioneiros desarmaram e cativaram mais de 800 soldados alemães da “Tropa de Protecção” SS. Em véspera disso os nazistas, eliminando os sinais dos seus crimes terríveis, decidiram praticar o extermínio de todos os prisioneiros do “Buchenvald”. Mais tarde os depoimentos dos prisioneiros sobre o terror do exército de Hitler foram promulgados no Tribunal Militar Internacional vs. Hermann Göring.
No território da Alemanha fascista e dos países ocupados por ela havia mais de 14 mil campos de concentração, onde foram cometidos crimes terríveis. Segundo os soldados da Tropa de Proteção, a continuidade de vida do prisioneiro, não excedia um ano. Neste prazo cada prisioneiro trazia aos nazistas o rendimento puro de um mil e meio de Reichsmarks. Durante a Segunda Guerra Mundial mais de 20 milhões de pessoas de 30 países passaram por campos de concentração. 12 milhões não sobreviveram.
Em 11 de abril na Colina Poklonnaya em Moscou perto do monumento “Tragédia dos povos” é realizado o comício memorial do qual participam os antigos prisioneiros dos campos de concentração, os seus filhos e netos. Cada ano pará lá chega Inna Kharlamova, ex-prisioneira do campo de concentração “Igren” situado na região de Dnepropetrovsk, na Ucrânia. Fiquei no campo junto com a minha mãe ainda criança, conta Innna Kharlamova.
Não sei como é que nós conseguimos sobreviver. A minha mãe sempre chorou, não gosta de falar daquele tempo. O campo de concentração foi explodido por fascistas durante a retirada das tropas em Outubro de 1943. 11 de abril é sempre uma data solene para todas as unidades da nossa organização, para os antigos prisioneiros dos campos de concentração fascistas na Ucrânia, Bielorrússia, Rússia, Uzbequistão, Moldova e Cazaquistão. Os ex-prisioneiros juntam-se e lembram a proeza dos cativos do Buchenwald.
Hoje é importante guardar em memória a proeza dos soldados soviéticos que libertaram a Europa e todo o mundo do fascismo, diz Inna Kharlamova.
Todos os prisioneiros guardam esta memória e transmitem-na à geração crescente, para que os nossos netos e bisnetos sempre lembrem qual foi o preço da Grande Vitória, para que nunca esqueçam o que os fascistas faziam com crianças nos campos de concentração e para que empreendam todos os esforços possíveis em prol da paz no mundo.
Entre os prisioneiros dos campos de concentração fascistas havia 5 milhões de russos. Em muitas cidades da Rússia, da CEI e dos países Bâlticos os prisioneiros que conseguiram sobreviver, sairam às praças no dia 11 de abril. Milhares de jovens se juntaram para homenagear a proeza dos que passaram por inferno, para lembrar os nomes das pessoas que morreram nos campos de concentração fascistas.
Monumento aos prisioneiros do fascismo, em Buchenwald.
AVISO
OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"
Este blogue está aberto à participação de todos.
Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.
Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.
Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.
Sem comentários:
Enviar um comentário