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quarta-feira, 3 de outubro de 2012


O ministro extraordinário

Quando um irresponsável é encarregado pelo governo, no âmbito do Memorando da Troika, de vender a pataco o que resta do sector empresarial do Estado, de fazer de conta que anda a renegociar as parcerias público-privado deixando continuar o sorvedouro, de estruturar a Banca (que continua a fechar a torneira do crédito às (pequenas e médias) empresas… Quando tem a obsessão
 de cortar nos salários (que são já dos mais baixos da União Europeia) para aumentar a competitividade das empresas, quando está provado que esse está longe de ser o factor mais importante para o conseguir, além de agravar a recessão da economia pela diminuição do poder de compra das famílias e a destruição do mercado interno… Quando consegue a crítica (quase) unânime da esquerda à direita, dos sindicatos às confederações patronais, da esmagadora maioria dos economistas…
E, no entanto, do alto da sua presunção, acha que os outros não passam de uma cambada de ignorantes, poderíamos pensar que a luminária não passa de uma anedota.
Acontece porém que a coisa é muito mais grave. O energúmeno, milionariamente pago pelos contribuintes, é conselheiro de Passos Coelho. É uma espécie de ministro extraordinário cuja doutrina económica ultra-liberal pode conduzir este país a um abismo sem retorno.

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