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quinta-feira, 18 de outubro de 2012


Orçamento e Cultura – De concessão em concessão...


Quando nasci ainda soavam no ar os ecos de uma frase que, a par com a célebre “O trabalho liberta”, escrita numa tabuleta à entrada de um campo de extermínio, é uma das grandes ideias-força do nazismo:
“Quando ouço falar em cultura, saco o revólver”
O monstro que inspirava estas frases não morreu. Anda pelo mundo, correndo em círculos desesperados, tentando encontrar brechas por onde se infiltrar nos cérebros, tentando tirar partido das contradições e dificuldades das sociedades.
Portugal não é excepção. O ridículo, vergonhoso e residual orçamento para a “cultura”, inscrito neste crime disfarçado de Orçamento Geral do Estado que o governo PSD/CDS pretende cometer contra os portugueses, é bem a prova disso.
Como se não bastasse o continuado desrespeito para com os criadores e produtores de cultura, agravado pela insolência de nem se saber ao certo qual é o montante que estará disponível para a SEC, vem agora o irrelevante Viegas defender que o Património Cultural é “desígnio nacional”... logo, como parece evidente naquelas cabeças, é a coisa mais adequada para concessionar à gestão de privados.
Gostaria de dizer, em primeiro lugar, que todos os partidos da oposição, independentemente de terem ou não reais perspectivas de chegar ao poder, deviam registar, como se fosse uma “pré-lei”, a garantia de que quaisquer entidades privadas que tiverem, entretanto, deitado as mãos a qualquer parcela do Património Nacional, serão corridas sem direito à mais pequena indeminização, logo que este governo de bandidos for apeado. Talvez arrefecesse os apetites.
Diria ainda que este deplorável declínio cultural e político, que leva estes calhordas a achar que o Património Cultural é passível de ser concessionado e transformado em mais um negócio para os amigos, deve-se a muitos factores, mas, também, ao facto de tantos de nós, durante tanto tempo, termos feito tantas “concessões”.
Já chega!

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