Furacão Sandy - Jornalismo miserável - 2
Começando, obrigatoriamente, por desejar que o furacão Sandy passe pela costa dos EUA sem provocar nem um décimo dos estragos que se temem... não posso deixar de dar nota da pedestre parolice e subserviência dos media nacionais (e não só).
Enquanto o furação se passeou pelas caraíbas, provocando pesados estragos, como aconteceu em Cuba, ou estragos agravados com a perda de muitas vidas, como foi o caso no Haiti, para dar apenas dois exemplos, as notícias foram chegando, como meras notícias de mais uma tempestade, com direito a, não poucas vezes, pouco mais do que um pequeno apontamento.
Assim que o “Sandy” rumou à costa leste dos EUA a coisa mudou imediatamente de figura. São directos, são “notícias” do que ainda não aconteceu, notícias dos preparativos, transmissões de discursos e avisos de Obama e do presidente da Câmara de Nova Iorque, o fecho de bancos e do FMI, a teimosia dos "rebeldes" que desafiam o furacão, as alterações nas campanhas eleitorais dos candidatos presidenciais... Resumindo... é o caos!
Dir-me-ão que isso se deve à dimensão das localidades que se espera sejam atingidas e aos milhões de cidadãos que poderão ser afectados. Nada disso!
A grande diferença, com enorme prejuízo para os cidadãos “caribeños”, é que os cidadãos dos EUA... são seres humanos "de primeira"!
Jornalismo miserável!
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