Contradições do português?
Os amigos espanhóis chamam-nos “os tristes do lado de lá...”; os italianos lembro-me que nos consideravam “holandeses do Sul” (para o bom e para o mau: sérios, honestos mas um pouco fechados...); os russos acham que somos “próximos” em qualquer coisa, talvez a nostalghia de que ambos os povos sofrem!
Os italianos achavam que éramos primos: ainda me lembro dos velhos concursos dos Jogos sem Fronteiras televisivos: “I nostri cugini portoghesi...” O que nunca chamavam a nenhum ootro país concorrente!
Não quero dizer mais do que sei, penso que há muita nostalgia, de facto, muita melancolia na nossa poesia de amor, um certo pessimismo...
Somos introvertidos, pouco expansivos, talvez desconfiados – ou será que não queremos mete-nos na vida dos outros e que não se metam também na nossa? - mas é tão fácil “abrirmo-nos”!
Basta um gesto, um sorriso, uma palavra, um pedido feito com delicadeza...
Basta um gesto, um sorriso, uma palavra, um pedido feito com delicadeza...
Aí vem o português espantado mas logo sorridente, sonhador e alegre...
Hoje mandaram-me este vídeo (a Isabel) e pensei que era justo que o pusesse aqui: o português quando gosta e quando o tratam “como gente”, com cultura a sério, reage com a sua sensibilidade aguda e a sua alegria.
Que maravilhosa ideia: os cantores líricos na Gare do Oriente!
No meio da solidão de cada um, calados no meio da multidão, lado a lado sem nos vermos, neste Natal que nos assusta a todos um pouco (ou muito), de repente a Música!
No meio da solidão de cada um, calados no meio da multidão, lado a lado sem nos vermos, neste Natal que nos assusta a todos um pouco (ou muito), de repente a Música!
Disto é que precisamos para “animar” a desgraça que por aí vai.
(Gare do Oriente, 16 de Novembro de 2011)
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