AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011


Rangel sugere agência nacional para ajudar portugueses que queiram emigrar.

Paulo Rangel Paulo Rangel (Foto: Ricardo Castelo/Nfactos/arquivo)
O eurodeputado do PSD Paulo Rangel sugeriu na terça-feira a criação de uma agência nacional para ajudar os portugueses que queiram emigrar, considerando que essa pode ser uma “segunda solução” para quem não encontra trabalho em Portugal.
“Às tantas, nós até devemos pensar, se houver essas oportunidades, em, de alguma maneira, gerirmos esse processo. Talvez fosse uma forma de controlar os danos. Era ter, no fundo, uma agência nacional que pudesse eventualmente identificar necessidades e procurar ajustar as pessoas que tivessem vontade - não é forçar ninguém a emigrar, não se trata disso - e canalizar isso”, afirmou Paulo Rangel.

Questionado pelos jornalistas, à entrada para uma reunião do Conselho Nacional do PSD, num hotel de Lisboa, Paulo Rangel disse não ver “motivo para escândalo” nas declarações do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, sobre a emigração dos professores que não conseguem colocação nas escolas portuguesas.

No entender do ex-líder parlamentar do PSD, a posição assumida pelo primeiro-ministro, apontando a emigração como uma opção para essas pessoas, não devia suscitar escândalo: “Pelo contrário, ela devia suscitar um debate sério na sociedade portuguesa, para tentarmos, na medida do possível, acomodar as necessidades do País em termos de mercado de trabalho no exterior”.

Segundo Paulo Rangel, a emigração pode ser, não “uma primeira solução”, mas “uma segunda solução” para “pessoas que têm condições para isso, que ainda não têm a sua vida montada, que são mais jovens, mais ligados à aventura”, porque “pode ser uma forma de as pessoas terem rendimento, de terem uma experiência, de terem uma ligação ao País feita de outra maneira, de servirem também o País”.

Isto não se aplica a “profissionais que já estão na casa dos 40 anos, que já têm as suas famílias formadas, que têm filhos em idade escolar”, ressalvou, insistindo que não se deve “diabolizar a emigração, especialmente de quadros qualificados, como uma saída provisória, como uma má saída, mas uma saída para a crise”.

O eurodeputado do PSD argumentou que “é uma evidência” que “no caso da educação, com a baixa da taxa demográfica, não há lugar para todos os professores” e que é preciso “encontrar saídas para as pessoas” desempregadas.

“Ou os senhores querem que as pessoas fiquem em casa à fome e a viver do fundo de desemprego, é isso que querem?”, questionou, dirigindo-se para os jornalistas.

Paulo Rangel recusou que seja um sinal de derrotismo um primeiro-ministro apontar a emigração como uma opção: “Eu acho que não é. Nós não podemos estar sempre a dizer que queremos que os portugueses estejam em grande cooperação no Brasil, em Angola e Moçambique, que queremos ter pontos de contacto espalhados pelo globo, que os portugueses têm uma diáspora muito ativa, e depois achar que isto é uma coisa terrível e tenebrosa”.
PUBLICO.PT

Sem comentários: