Adeus, 2011
Termina 2011, um ano que, à semelhança do anterior, foi melhor do que será o seguinte. E aqui seguem os meus destaques do tradicional balanço que sempre fazemos em cada final de ano.
Figura do ano (internacional): Merkozy. A dupla formada por Angela Merkel e Nicolas Sarkozy soube aproveitar o que resta de mandato a cada um deles para, através de uma blindagem do BCE providencial para proporcionar lucros fabulosos à banca dos respectivos países, obter um sucesso retumbante na condução de uma reconfiguração social na Europa que levará gerações a recuperar. Terão sentenciado a morte do euro, é certo, mas conseguiram enriquecer e empobrecer quem e como quiseram por muitos e bons/maus anos.
Figura do ano (nacional): Passport. Passos Coelho e Paulo Portas, outra dupla com objectivos em tudo iguais à da dupla anterior mas bastante mais subserviente e menos centrada no melhor para o seu país. Como o próprio nome indica, Passport, a dupla não tem pejo algum em promover a emigração de cérebros para países com governantes competentes para aproveitá-los e em trazer para Portugal abutres que saibam converter em riqueza a pobreza de um povo que, por acção ou abstenção, voltaria a deixar cair-lhes nas mãos o poder de lhes continuarem a roubar o futuro.
Super brand (internacional): A ®Goldman Sachs tomou de assalto o BCE, a Itália, a Grécia e ainda semeou um moedas em Portugal.
Super brand (Portugal): 80 por cento de portugueses preferiram ®troika.
Pragas do ano: borbulhas tecnocráticas na democracia, demagogia moralista na política, inevitabilidades na regressão social e civilizacional e o voluntariado nas relações de trabalho já tendencialmente gratuitas.
Idiotas do ano: apareceram por aí uns campistas que se dizem reinventores da democracia que nunca conheceram para garantir um sono tranquilo a um poder político que conhece a sua alergia a boletins de voto.
Profissão do ano: um misto de ladrão de subsídios de Natal, de prestações sociais e de horas de trabalho não pagas, de demolidor de serviços públicos, de inventor de impostos e de vendedor de empresas públicas ao desbarato.
E a lista já vai longa. Fico-me por aqui. Desejo-lhes um 2012 melhor do que 2013.
blog O país do burro
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