CURIOSIDADES:
Em 1568, a Infanta D.Maria, filha do rei D.Manuel I, patrocinou e financiou a construção de uma pequena igreja, de pequenas dimensões, dedicada a receber o relicário de Santa Engrácia, mártir natural da cidade de Braga, de quem a Infanta era devota. O Papa concedeu a autorização em 1568, e as obras foram iniciadas de imediato. Porém a exiguidade do espaço terá levado a que, mais tarde, Felipe I e D. Jorge de Almeida impulsionassem um novo projecto, anterior a 1585 (data da morte do segundo), e desenhado por Nicolau de Frias, mas, muito possivelmente, apenas iniciado cerca de 1606.
Em 1621 há notícia de outro plano, da autoria de Teodósio de Frias, que deveria acabar a obra do pai. Contudo, em 1630 ocorreu o célebre roubo do Santíssimo Sacramento, originando a criação de uma nobre irmandade (Confraria dos Escravos do Santíssimo Sacramento), que promoveu, nos anos subsequentes, a construção de uma nova capela-mor, como forma de desagravo. Desenhada por Mateus do Couto, Velho (a primeira pedra foi lançada em 1632), acabaria por ruir em 1681.
Contudo, e mau grado o investimento efectuado, a Confraria decidiu demolir o templo e edificar um outro de raiz, com certeza, em maior consonância com os seus objectivos e crenças políticas e religiosas. João Antunes apresentou a planta em 1683 e a primeira pedra foi lançada por D. Pedro no ano seguinte. Mais tarde, no reinado de D.João V, recomeçaram as obras mas, a morte do arquitecto régio, em 1712, implicou o quase abandono da obra. Várias tentativas foram feitas para terminar a obra mas, como ninguém se entendia quanto ao tamanho e plantas da igreja, os anos iam passando e a obra nunca mais estava terminada.
O projecto de 1683, da autoria de João Antunes, apenas foi concluído em 1966 pelos arquitectos da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.
Em 1621 há notícia de outro plano, da autoria de Teodósio de Frias, que deveria acabar a obra do pai. Contudo, em 1630 ocorreu o célebre roubo do Santíssimo Sacramento, originando a criação de uma nobre irmandade (Confraria dos Escravos do Santíssimo Sacramento), que promoveu, nos anos subsequentes, a construção de uma nova capela-mor, como forma de desagravo. Desenhada por Mateus do Couto, Velho (a primeira pedra foi lançada em 1632), acabaria por ruir em 1681.
Contudo, e mau grado o investimento efectuado, a Confraria decidiu demolir o templo e edificar um outro de raiz, com certeza, em maior consonância com os seus objectivos e crenças políticas e religiosas. João Antunes apresentou a planta em 1683 e a primeira pedra foi lançada por D. Pedro no ano seguinte. Mais tarde, no reinado de D.João V, recomeçaram as obras mas, a morte do arquitecto régio, em 1712, implicou o quase abandono da obra. Várias tentativas foram feitas para terminar a obra mas, como ninguém se entendia quanto ao tamanho e plantas da igreja, os anos iam passando e a obra nunca mais estava terminada.
O projecto de 1683, da autoria de João Antunes, apenas foi concluído em 1966 pelos arquitectos da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.
--> Segundo a crença popular, o enorme atraso desta obra deve-se ao facto de ter sido amaldiçoada com uma praga que foi rogada por um homem inocente e está ligado a uma história de amor.
Simão Solis, cristão-novo, ter-se-á apaixonado por Violante, filha de um fidalgo muito rico e poderoso. Esse amor, correspondido por Violante, não agradava ao pai que mandou encerrá-la no Convento de Santa Clara que se situava quase ao lado da obra da Igreja de Santa Engrácia. Mas o jovem Simão Solis não se esqueceu da sua amada e, todas as noites cavalgava até junto das paredes do convento na esperança de ver Violante. Até que um dia conseguiu falar com ela e combinou que na noite seguinte voltaria para buscá-la a fim de fugirem para longe. Por coincidência, e azar, nessa noite a Igreja de Santa Engrácia foi assaltada e o sacrário do Santíssimo Sacramento foi roubado. O jovem Simão, que era visto todas as noites nas proximidades do templo, foi acusado do roubo e preso. O jovem proclamou sempre a sua inocência mas nunca justificou a sua presença perto da igreja para não comprometer a honra da sua amada Violante. Acusado do roubo e por ter ascendência judaica, Simão Solis foi condenado a morrer na fogueira. Diz-se que, quando ia a caminho do cadafalso, o cortejo passou em frente às obras da igreja e que o condenado terá dito:"É tão certo eu estar inocente como estas obras nunca mais acabarem".
Ainda, segundo a lenda, anos mais tarde, a noviça Violante terá sido chamada à presença de um moribundo, que lhe confessou ter sido ele o ladrão do sacrário. Conhecedor da relação secreta de Simão Solis e Violante, tinha incriminado o jovem rapaz, que por ali era visto quase todas as noites, e queria agora pedir perdão à mulher que perdera o seu amor da maneira mais cruel e injusta que alguém poderia perder – perdão que foi aceite. Do facto existem nos registos da paróquia, referências ao “Desacato de Santa Engrácia”, ocorridos na noite de 15 de Janeiro de 1630, data em que um tal Simão Pires Solis terá sido preso e, posteriormente, condenado a morte.
Simão Solis, cristão-novo, ter-se-á apaixonado por Violante, filha de um fidalgo muito rico e poderoso. Esse amor, correspondido por Violante, não agradava ao pai que mandou encerrá-la no Convento de Santa Clara que se situava quase ao lado da obra da Igreja de Santa Engrácia. Mas o jovem Simão Solis não se esqueceu da sua amada e, todas as noites cavalgava até junto das paredes do convento na esperança de ver Violante. Até que um dia conseguiu falar com ela e combinou que na noite seguinte voltaria para buscá-la a fim de fugirem para longe. Por coincidência, e azar, nessa noite a Igreja de Santa Engrácia foi assaltada e o sacrário do Santíssimo Sacramento foi roubado. O jovem Simão, que era visto todas as noites nas proximidades do templo, foi acusado do roubo e preso. O jovem proclamou sempre a sua inocência mas nunca justificou a sua presença perto da igreja para não comprometer a honra da sua amada Violante. Acusado do roubo e por ter ascendência judaica, Simão Solis foi condenado a morrer na fogueira. Diz-se que, quando ia a caminho do cadafalso, o cortejo passou em frente às obras da igreja e que o condenado terá dito:"É tão certo eu estar inocente como estas obras nunca mais acabarem".
Ainda, segundo a lenda, anos mais tarde, a noviça Violante terá sido chamada à presença de um moribundo, que lhe confessou ter sido ele o ladrão do sacrário. Conhecedor da relação secreta de Simão Solis e Violante, tinha incriminado o jovem rapaz, que por ali era visto quase todas as noites, e queria agora pedir perdão à mulher que perdera o seu amor da maneira mais cruel e injusta que alguém poderia perder – perdão que foi aceite. Do facto existem nos registos da paróquia, referências ao “Desacato de Santa Engrácia”, ocorridos na noite de 15 de Janeiro de 1630, data em que um tal Simão Pires Solis terá sido preso e, posteriormente, condenado a morte.
O que é certo é que entre incêndios, terramotos, discordâncias entre arquitectos e escassez de meios, a Igreja de Santa Engrácia só foi terminada mais de três séculos depois, em 1966, no tempo do Estado Novo, que decidiu transformá-la em Panteão Nacional.
Ainda hoje, quando alguma coisa e/ou obra nunca mais está pronta, nós dizemos que "...parece as obras de Santa Engrácia".~
Ainda hoje, quando alguma coisa e/ou obra nunca mais está pronta, nós dizemos que "...parece as obras de Santa Engrácia".~
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