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terça-feira, 20 de agosto de 2019

"É mau" haver "uma cultura anti-fascista" em Portugal, diz Marinho e Pinto


O ex-eurodeputado lamenta que tenham tentado silenciar 

o neo-nazi Mário Machado. "Não é genuinamente democrática 

a cultura anti-fascista", diz o ex-Bastonário dos Advogados.


www.sabado.pt
O ex-bastonário da Ordem dos Advogados Marinho e Pinto refere que pretende reformar o sistema político-partidário e a República Portuguesa, levando Portugal para um sistema mais democrático e que não seja abertamente anti-fascista. Esta é uma das bandeiras do seu partido para as próximas eleições legislativas.
Diz a alínea 4 do artigo 46.º da Constituição da República Portuguesa que não são permitidas "organizações que perfilhem a ideologia fascista". Marinho e Pinto considera que a existência de um anti-fascismo na cultura portuguesa é sinal de que a democracia portuguesa não é verdadeiramente democrática. "Nós temos um grave problema na democracia portuguesa, entre muitos outros: saímos de uma ditadura fascista para o anti-fascismo e continuamos submetidos a uma cultura anti-fascista em tudo", disse o líder do Partido Democrático Republicano em declarações à rádio Observador.
Questionado pelos jornalistas se o facto de Portugal ter uma cultura anti-fascista ser "mau", Marinho e Pinto é perentório: #É. É mau. Porque não é genuinamente democrática a cultura anti-fascista (...) Todos os verdadeiros democratas são anti-fascistas, mas nem todos os anti-fascistas são verdadeiramente democratas", diz o antigo eurodeputado.

Referente ao caso de Mário Machado, líder de um grupo neo-nazi que cumpriu quase 10 anos de prisão por discriminação racial, coação agravada, posse ilegal de arma e ofensa à integridade física qualificada e tentativa de extorsão, que recentemente foi alvo de críticas por ter direito de antena e ter inclusivamente organizado um encontro neo-nazi em Portugal, Marinho e Pinto lamenta que se tenha tentado limitar o seu direito a expressar as suas convicções extremistas. 

"Eu não concordo com nada do que você diz, mas bater-me-ei com todas as minhas forças para que você posa dizer o que quer e o que pensa em toda a liberdade", diz Marinho e Pinto afirmando que o direito à opinião e expressar livremente a mesma é um direito fundamental que não deve ser retirado a ninguém.

Sobre as bandeiras do PDR para as eleições que se aproximam, Marinho e Pinto diz que uma das suas vontades é a de reformar a República Portugesa. Uma das primeiras reformas seria a de reformular o Parlamento. E essa reformulação deveria acontecer não pela redução de deputados, mas sim pela criação de uma segunda Câmara, criando um sistema bi-partidário à semelhança do que acontece em vários países europeus, como Itália e o Reino Unido. O ex-eurodeputado considera que com a criação de um Senado onde estivessem ex-Presidentes da república e, possivelmente, ex-Presidentes da Assembleia da República, a cultura portuguesa seria mais democrática e menos submissa aos partidos "que funcionam como um cartel".
"Não há verdadeira oposição em Portugal", continua criticando Marinho e Pinto em declarações à rádio do Observador, afirmando que os cinco partidos com representação parlamentar (são na verdade seis os partidos representados atualmente na assembleia da República) funcionam como um cartel. "Eu queria refundar a República, trazer a República Portuguesa aos seus valores matriciais, aos valores republicanos", confessou ainda.

Atualização: artigo alterado às 11h17. Onde antes se lia que Mário Machado havia sido condenado por ter estado envolcio no homicídio de Alcindo Monteiro lê-se agora que o mesmo "cumpriu quase 10 anos de prisão por discriminação racial, coação agravada, posse ilegal de arma e ofensa à integridade física qualificada e tentativa de extorsão".



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